Após dias de busca, o corpo do ativista cristão Micael Digal foi encontrado perto da aldeia de Midkia, em Kandhamal. Depois da autópsia, a polícia chegou à conclusão de que a morte do ativista foi acidental.
No entanto, Sajan George, presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC), acredita que Micael Digal foi surpreendido em uma emboscada e morto por extremistas hindus, devido ao trabalho social que fazia na comunidade, organizado pela Christian Dalits.
Mesmo que a polícia tenha encerrado o caso, disse George, o GCIC vai continuar a pressionar até que as mortes de Mical e de outros cristãos brutalmente assassinados por extremistas hindus obtenham justiça.
Semelhante ao caso de Micael Digal foi a suspeita morte do reverendo Saul Pradhan, líder protestante que desapareceu em 10 de janeiro e dias depois foi encontrado a poucos quilômetros de sua casa. Apesar das muitas contusões e outras lesões visíveis em seu corpo, o caso foi dado como encerrado, mesmo sem haver nenhuma ação oficial vinda das autoridades indianas.
Em Kandhamal, os cristãos continuam sendo atacados e ameaçados por grupos extremistas hindus, operando em cumplicidade com as autoridades estaduais e locais, que não realizam investigações que protejam a comunidade cristã no país.
Tradução: Lucas Gregório