Cristão perseguido conta que escapou da prisão por milagre: "Foi como no livro de Atos"

Evgeniy já foi preso duas vezes sob acusação de espionagem por carregar consigo uma bíblia

Fonte: Guiame, com informações do God ReportsAtualizado: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019 às 15:04
Evgeny atua como voluntário próximo à fronteira da Ucrânia com a Rússia. (Imagem: Reprodução - Youtube)
Evgeny atua como voluntário próximo à fronteira da Ucrânia com a Rússia. (Imagem: Reprodução - Youtube)

A barganha faustiana do presidente Vladimir Putin com a Igreja Ortodoxa Russa permitiu que a perseguição aumentasse constantemente na Rússia. Mas é justamente em meio a tanta perseguição que belos testemunhos de livramentos têm surgido.

Em 2017, a Comissão dos EUA sobre a Liberdade Religiosa Internacional classificou a Rússia como uma das piores violadoras da liberdade religiosa no mundo, por ter "intensificado continuamente sua repressão à liberdade religiosa ... e expandido suas políticas repressivas ... de assédio administrativo a prisão arbitrária e assassinato extrajudicial".

Cinco anos atrás, as Forças Especiais Russas caíram de pára-quedas na Crimeia e assumiram o governo, o que causou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Depois que a Rússia anexou a Crimeia, 38 das 46 Igreja Ortodoxas Ucranianas deixaram de existir; em três instâncias, as autoridades russas apreenderam-nas.

“Na Crimeia ocupada pelos russos, os número de processos contra cristãos dobrou e continua aumentando. Qualquer cristão que não pertença à Igreja Ortodoxa Russa, como Protestantes, além dos Testemunhas de Jeová ou Muçulmanos, estão em perigo”, alertou um relatório da agência cristã 'Mercy Projects'.

Em 2014, depois de invadir a Crimeia, as forças russas se transferiram secretamente para o leste da Ucrânia, o que levou um milhão de refugiados a fugirem de quatro cidades-chave. Enquanto as forças russas recuaram de duas cidades, elas continuam a manter Donetsk e Luhansk. Os conflitos na fronteira ainda acontecem quase todos os dias.

Testemunho

Um cristão ucraniano chamado Evgeniy, afiliado à Mercy Projects, foi pego no fogo cruzado no leste da Ucrânia e preso duas vezes por separatistas pró-Rússia enquanto tentava entregar ajuda humanitária aos aflitos.

“A primeira vez que fui capturado foi em maio de 2014, em Slavyansk”, disse Evgeniy à Mercy Projects. "Durante esse período, trazíamos ajuda humanitária e levávamos pessoas doentes que não conseguiam se mexer. As forças separatistas tomaram nossos carros e disseram que não podíamos tirar essas pessoas doentes dali”.

Como punição, eles colocaram Evgeniy na prisão por 15 dias. "Então eles encontraram uma Bíblia no meu carro e disseram que eu era um espião americano", disse ele à Mercy Projects.

“Se você é um cristão ou um espião, não importa! É a mesma coisa! Não é possível mudar uma pessoa. Você deveria ser morto!”, disseram os separatistas a Evgeniy.

Mas então Deus fez algo incrível.

"Durante a minha segunda vez na prisão, aconteceu um milagre. No terceiro dia conseguimos escapar de alguma forma. Foi como no livro de Atos, quando um anjo abriu as portas da cela da prisão", disse ele à Mercy Projects.

“Foi um milagre. Hoje, agradeço que Deus e peço que Ele continue me usando neste ministério. Podemos rir agora disso, mas ainda me lembro que foi algo muito perigoso e muito sério”.

Outro crente que ajuda a Mercy Projects, Sergei, considera-se um missionário para as famílias deslocadas. Quando Donetsk ficou sob cerco, ele fugiu com sua esposa e filhos. “Para as pessoas que moram perto das linhas de frente, é uma situação muito traumatizante”, disse ele à Mercy Projects. “Elas ouvem bombas e balas e são deslocadas. Infelizmente, no entanto, a maioria das pessoas em outras partes da Ucrânia não se chocam mais com a guerra ”.

“Muitas pessoas deslocadas e soldados também se inspiram quando ouvem que também fomos impactados pela guerra. Nós somos de Donetsk. Nós fugimos, mas continuamos a viver perto das linhas de frente e ajudamos as pessoas. Nós não odiamos os russos que vivem na Ucrânia como refugiados. Nossa atitude mostra a eles o amor de Deus, e isso é mais importante do que as coisas que trazemos ”, disse ele.

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