O Sudão está vivenciando fortes tensões devido a guerra que movimenta quatro milhões de pessoas enquanto o caos e a morte afligem a nação.
À medida que os necrotérios continuam a lotar, um surto de cólera se aproxima, dificultando o acesso a alimentos, água potável e remédios no país.
Em um relatório publicado na última sexta-feira (18), uma enfermeira que trabalha com a missão Médicos Sem Fronteiras (MSF), no Sudão, informou:
“A mudança no Sudão é chocante. Na estrada entre Wad Madani e Cartum, vimos tanques, edifícios dizimados e muitos postos de controle. A segurança não é a mesma. O preço dos alimentos está aumentando. Se você tem eletricidade, você tem sorte. Tudo é crítico”.
O chefe do Conselho da Comunidade Evangélica Sudanesa, Rafat Samir, concordou: “O Sudão não é estável”.
Fé em Cristo
Segundo o Mission Network News, apesar das circunstâncias desafiadoras para a população local, a esperança permanece.
Em meio a décadas de perseguição, a determinação dos cristãos foi fortalecida: “Não importa o que venha a seguir, os crentes estão determinados a seguir Jesus”, contou Samir.
E continuou: “Temos muitos [novos] membros na igreja por causa da perseguição. Mesmo durante os tempos difíceis, vemos muitas igrejas sendo construídas e crescendo. Estamos livres do medo que capturou a nossa missão”.
Samir contou que os grupos tribais e islâmicos no Sudão lutam entre si pelo controle, mas concordam numa coisa: “Os cristãos precisam ir [embora]”.
“Peça ao Senhor para proteger os crentes enquanto eles se reúnem em segredo e ajudam uns aos outros a sobreviver à guerra”, disse ele.
“Ore para que Deus abra nossos olhos para focarmos em Jesus e sabermos exatamente como Ele deseja que nosso país seja. Para que a sua missão do Senhor prevaleça em nosso país”, acrescentou Samir.
Diferentes gerações
Ele também pediu orações pela unidade entre os líderes cristãos de diferentes gerações. Com o avanço da internet, Samir contou que a liderança jovem da igreja não está considerando os anos de experiência dos mais velhos:
“Os jovens estão descartando as experiências da antiga geração que estudou fora, que tem formação em teologia e em outras faculdades”.
Para ele, esses jovens “lêem muito e têm acesso à internet, onde encontram muita informação”. Por isso, Samir apresentou um novo projeto para esta geração: “A novidade agora é o discipulado online”.