Defensores da liberdade religiosa nos EUA pedem sanções direcionadas aos juízes iranianos para contrabalançar a dura perseguição do Irã aos cristãos.
No entanto, Miles Windsor, da Middle East Concern, diz que levar o tópico da perseguição cristã à atual situação política acirrada pode fazer mais mal do que bem.
Conforme relatado pela CBN News, uma recente reunião de especialistas, defensores e políticos em Washington D.C. destacou os maus tratos do Irã aos crentes e pediu ação política. É um fato bem estabelecido que o Irã oprime severamente os cristãos, como documentado pela Portas Abertas.
“O Irã é um flagrante violador dos direitos humanos e da liberdade religiosa”, explica Windsor. “É um dos piores, senão o pior, no Oriente Médio para ser um cristão.”
O grupo de defesa International Christian Concern (ICC) twittou em 21 de maio pedindo que as pessoas assinem sua petição. O apelo, endereçado ao presidente Donald Trump, pede sanções direcionadas aos juízes iranianos sob a Lei Global Magnitsky.
Sob este projeto de lei, o presidente pode impor sanções a indivíduos ou entidades que tenham cometido graves abusos de direitos humanos. No ano passado, alguns senadores americanos instaram Trump a tomar medidas contra a Arábia Saudita usando as permissões concedidas por este estatuto.
Uma palavra de cautela
Apesar de Windsor concordar que sanções direcionadas poderiam ser úteis, ele adverte sobre consequências não intencionais, que afetaria relações com outros países envolvidos.
“É importante não vincular as relações EUA-Irã em geral com o sofrimento dos cristão por medo de reforçar uma ideia exposta pelos propagandistas do regime, que o cristianismo é uma ideologia ocidental, quando, é claro, se originou muito mais perto deles”, diz.
Windsor esclarece que numerosas complexidades e desafios cercam o relacionamento diplomático EUA-Irã. Ao falar sobre os desafios políticos que existem entre os dois governos, “é importante entender a dinâmica da região e ter essas conversas”.
Quaisquer que sejam as ações políticas realizadas nas próximas semanas, Windsor exorta a oração.
“A coisa mais importante que podemos fazer é orar para que Deus proteja e sustente Seus filhos no Irã”, acredita.
“Pode parecer banal, mas lembre-se que você está orando para Aquele que controla o universo. Ele pode suavizar corações de pedra. Há uma grande virada para Jesus no Irã, e queremos ver isso continuar", observa Windsor.
Ele explica que a oração não substitui ações como doar para satisfazer as necessidades físicas dos crentes ou defender a conscientização sobre as dificuldades que elas enfrentam. “Tiago 2 condena a fé sem obras. É meramente uma questão de prioridade”, esclarece.
Windson finaliza dizendo que “é importante que nossos irmãos e irmãs possam se reunir e adorar juntos. Então, podemos orar para que Deus os proteja e que Ele abra o Irã ao Evangelho”.