Após mais de dois anos de conflito na Ucrânia, a cidade de Kherson continua sendo uma zona de guerra.
A região, que já foi tomada e libertada, está sitiada pelo exército russo, que tenta tomá-la novamente.
A população que permaneceu em Kherson, sofre diariamente com os bombardeios, conforme a CBN News. Segundo o pastor local Andrii Skantsev, os ataques acontecem 24 horas por dia e sete dias por semana.
Em meio à guerra, cristãos da Igreja Antonivka Kherson estão arriscando suas vidas para servir aos moradores encurralados pelo conflito.
"Minha igreja até o rio Dniper fica a cerca de 700 metros. A largura do rio é de cerca de 700 metros. Portanto, os russos estão a cerca de 1,5 quilômetros de nós e de lá estão nos bombardeando com muita frequência”, relatou Oleh Derkanchenko, o pastor da igreja, em entrevista à CBN News.
O templo fica próximo da linha de frente onde as forças ucranianas e russas estão lutando. "Há momentos em que os projéteis russos caem 25 metros à esquerda da igreja e às vezes 30 metros à direita da igreja, mas nada nos atinge. Deus nos protege", testemunhou Oleh.
Mesmo tão próximo da batalha, a Igreja Antonivka viveu um crescimento impressionante. Antes da invasão russa, em 2022, o número de membros era cerca de 100. Com a guerra, a quantidade de frequentadores mais do que triplicou.
“Desde o Natal de 2022, cerca de 500 pessoas, às vezes até 700 pessoas, frequentam a igreja. Temos um pátio cheio de pessoas aos domingos”, disse o pastor, que decidiu manter as portas da igreja aberta.
Encontrando paz na guerra
Recentemente, muitos moradores aceitaram a Jesus em foram batizadas numa banheira. “As pessoas entendem que a Igreja hoje é um centro de esperança e paz interior”, explicou Oleh.
“E imagine que temos pessoas que vêm de outros distritos para a zona de guerra apenas para visitar a nossa igreja. As pessoas muitas vezes me dizem que se sentem mais calmas aqui na igreja do que em casa e isso é apenas a bondade de Deus”, destacou o líder.
O pastor Oleh disse que sua congregação intercede pelos ucranianos mais afetados pelo conflito.
“Também oramos para que Deus possa ajudar as nossas forças a libertar os territórios ocupados pela Rússia na margem esquerda, porque temos familiares e amigos que vivem lá”, comentou.
Enquanto a guerra não tem trégua, os cristãos continuam servindo aos moradores.