A igreja perseguida que fugiu da China se reuniu para cultuar livremente pela primeira vez nos Estados Unidos.
Os 64 membros da Igreja Reformada de Shenzhen fugiram do comunismo chinês há quase cinco anos, primeiro para a Coreia do Sul e depois para a Tailândia, enquanto buscavam abrigo nos EUA.
O grupo é apelidado de "Mayflower Church" em homenagem ao navio inglês que transportava peregrinos para a América do Norte em busca de liberdade religiosa.
No ano passado, eles receberam refúgio nos Estados Unidos, após uma espera de três anos.
Na última sexta-feira (2), os membros se reuniram para adorar a Deus pela primeira vez, com segurança, no centro juvenil da Primeira Igreja Batista em Midland, no Texas.
A denominação está disponibilizando o espaço para a igreja Mayflower cultuar três vezes por semana.
“É uma verdadeira bênção para nós. Nossa igreja tem um coração voltado para missões. Este é mais um reflexo disso”, afirmou o pastor Darin Wood, da Igreja Batista, ao Baptist Standard.
Novo lar no Texas
Depois que os cristãos da Mayflower encontraram moradia na cidade de Midland, no Texas, várias igrejas locais se uniram para fornecer moradia, transporte e alimentação às famílias.
Logo, Pan Yongguang, pastor da congregação chinesa, começou a procurar um prédio para eles se reunirem. Até que os líderes da Primeira Igreja Batista informaram que seu centro estava disponível.
"Quando eles viram [a instalação], eles desabaram e choraram. Disseram que nunca tinham tido um prédio para adorar antes. Eles sempre foram uma igreja doméstica”, contou o pastor Darin.
De acordo com o Baptist Standard, após os cristãos chineses receberem autorizações de trabalho e se conseguirem se autosustentar, as igrejas locais irão ajudar a encontrar um prédio próprio para a Mayflower Church.
O processo de espera e ajuda de organizações missionárias
Na Tailândia, os cristãos da igreja perseguida acabaram presos em março de 2023. A polícia tailandesa planejava deportá-los porque seus vistos haviam expirado.
Ativistas da liberdade religiosa disseram que o Departamento de Estado dos EUA desempenhou um papel importante ao trabalhar com as autoridades tailandesas para que os refugiados cristãos fossem enviados aos EUA em vez da China, onde enfrentariam punição por sua fé.