Igrejas são invadidas e cristãos multados por orar sem permissão no Cazaquistão

Os cristãos estão sob vigilância quase constante e devem manter as autoridades informadas sobre suas atividades.

Fonte: Guiame, com informações da CBN News e The ExpressAtualizado: terça-feira, 12 de março de 2019 às 11:51
Cristãos na ex-república soviética do Cazaquistão enfrentam invasões durante suas reuniões (Imagem: Reprodução/Getty)
Cristãos na ex-república soviética do Cazaquistão enfrentam invasões durante suas reuniões (Imagem: Reprodução/Getty)

Duas igrejas batistas em Taraz, Cazaquistão, foram invadidas por oficiais antiterrorismo e policiais locais durante cultos em 10 e 17 de fevereiro. O objetivo era multar os fiéis por realizarem orações sem a permissão do governo.

Três pessoas foram multadas em valores que variam entre um e dois meses de salário médio e dois outros fiéis receberam multas oficiais, informou o The Express.

Aqueles que compareceram às igrejas foram advertidos contra praticar publicamente sua fé - ou arriscar punição adicional.

O Cazaquistão está listado como número 34 na lista de Observação Mundial da Portas Abertas dos EUA, de 2019, dos 50 principais países onde é mais perigoso seguir Jesus.

O governo está constantemente trabalhando para manter e aumentar seu controle sobre a sociedade, usando vigilância, ataques e detenções. Os cristãos estão sob vigilância quase constante, e a ameaça do islamismo militante é usada como uma desculpa para restringir as liberdades, resultando em piora das condições para a minoria cristã, segundo o site da Portas Abertas americana.


É a mais recente supressão da liberdade religiosa na antiga república soviética, segundo o jornal. E um exemplo da implacável repressão ao cristianismo no país de maioria muçulmana.

As igrejas nos lares são membros do Conselho de Igrejas Batistas (CIB) que se recusam a pagar multas proferidas para punir aqueles que praticam religião sem permissão.

Balgabek Myrzayev, chefe interino do comitê de harmonia social, que monitora a prática da religião, disse ao The Express que não estava ciente dos ataques ou multas.

“Nossas leis não proíbem a oração”, disse ele, mas defendeu a punição das pessoas por praticar sua fé sem a aprovação do governo.

“Nossas leis não permitem organizações religiosas não registradas e eu não tenho o direito de mudar a lei”, disse ele ao jornal.Os recentes ataques seguem uma decisão recente do tribunal do Cazaquistão que multou outra igreja no Conselho de Igrejas Batistas.

No final do ano passado, um culto no meio da semana foi interrompido pela polícia, que apreendeu a literatura religiosa e realizou uma “análise especializada” sobre ela.

O CIB pretende recorrer da multa quando a decisão do tribunal for emitida por escrito.

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