A Guiné-Bissau tem se tornado um país com mais intolerância religiosa. Uma notícia veiculada pelo site alemão Deutsche Welle trás alguns fatos sobre essa nova situação no país africano.
Um dos casos é sobre um incêndio num importante local de culto tradicional da etnia papel no bairro de Mindará em Bissau, por pessoas ainda não identificadas.
Dias depois, uma igreja evangélica no mesmo bairro também foi incendiada.
Em 2021, a liderança da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou, num comunicado, ameaças feitas contra um padre católico por críticas ao presidente do país, Umaro Sissoco Embaló.
Pessoas não identificadas teriam feito as ameaças contra o Pe. Augusto Mutna Tambá, sacerdote da Diocese de Bafata.
Em 2022, uma igreja católica localizada na cidade de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, foi alvo de vandalismo por um grupo que, até o momento, não foi responsabilizado judicialmente pelo ocorrido.
Cristianismo
No país, apenas 11,7% da população se declara cristã, enquanto aproximadamente 70% são muçulmanos, com crescimento em influência do Islã nos últimos anos.
Apesar do avanço significativo do Islã, tanto em termos religiosos quanto culturais, há um movimento poderoso de Deus ocorrendo na Guiné-Bissau ao mesmo tempo, diz a World Harvest, um ministério liderado pelo evangelista Jacob Ebersole.
Recentemente, a World Harvest realizou uma série de eventos evangelísticos em toda a Guiné-Bissau.
“Tomei conhecimento dessas ações por meio de um vídeo nas redes sociais que mostrava milhares de jovens inundando as ruas e entoando louvores a Jesus”, conta David Hoffman.
“Ao aprofundar minha pesquisa e entrar em contato com o ministério responsável por esses esforços evangelísticos, descobri testemunhos incríveis de eventos poderosos que estão ocorrendo na nação”, diz.
“Também tive a oportunidade de entrar em contato pessoalmente com o Evangelista Jacob Ebersole para realizar uma entrevista e ouvir suas perspectivas sobre o que está acontecendo”.
Na próxima quinta-feira (21), os líderes das principais confissões religiosas da Guiné-Bissau pretendem divulgar uma declaração conjunta, apelando à paz e à tolerância religiosa no país, em resposta à escalada da situação.