Enquanto o governo comunista da China trabalha para barrar o cristianismo, 15 cristãos vão arriscar suas vidas para contrabandear Bíblias e levar o Evangelho ao norte do país.
Jason Woolford, presidente da Mission Crys – uma organização que envia Bíblias e literatura cristã no mundo todo – revelou que uma operação de alto risco está em andamento.
“Temos 15 pessoas vindas do norte que têm bons índices sociais para poder viajar, [que estão] dispostas a arriscar suas vidas para contrabandear essas Bíblias de volta ao norte da China, para dar a Palavra de Deus às pessoas que estão precisando desesperadamente’, contou Jason, ao Mission Network News.
Segundo ele, é mais difícil encontrar exemplares da Palavra de Deus na região norte da China, porque lá as regras comunistas são aplicadas rigorosamente.
“A China está preocupada com o que a Palavra de Deus pode fazer, fará e está fazendo”, avaliou Jason.
Imprimir e distribuir Bíblias e outros textos religiosos não autorizados é considerado um crime passível de punição no país. Em 2021, o governo de Xi Jinping fechou aplicativos da Bíblia e sites cristãos.
Por isso, os cristãos contrabandistas correm risco de perseguição, prisão e morte, conforme o presidente da Mission Cry.
“A vida das pessoas estará em jogo por causa da sua crença e do desejo de levar a Palavra ao norte da China”, afirmou Jason.
Ele pediu oração pela segurança dos 15 cristãos e para que a operação seja bem sucedida.
“Ore para aqueles que estão viajando serem invisíveis para a polícia [ou] para aqueles que possam estar verificando”, pediu.
Ditadura chinesa contra a Igreja
A China ocupa o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023, onde os cristãos encontram um ambiente hostil, vigiado e violento.
A Constituição chinesa funciona como uma “ditadura” que eles chamam de “democrática popular”, mas a democracia realmente não existe. A liderança chinesa é pautada pela paranoia ditatorial e pelos abusos a todos os tipos de liberdade.
Os regulamentos sobre religião são estritamente aplicados e limitam as igrejas no país, que são totalmente monitoradas pelo governo.
A maioria delas faz parte do Movimento Patriótico das Três Autonomias, as outras são consideradas ilegais.