Novo convertido no Iraque é condenado à prisão por ‘blasfêmia’

Além da lei de blasfêmia, o promotor do caso usou outra lei no caso de Jagar para que sua sentença seja ainda mais severa.

Fonte: Guiame, com informações do Voice of the MartyrsAtualizado: segunda-feira, 24 de abril de 2023 às 14:30
Novo convertido foi condenado a 6 meses de prisão por falar sobre cristianismo nas redes sociais. (Foto representativa: Voice of the Martyrs)
Novo convertido foi condenado a 6 meses de prisão por falar sobre cristianismo nas redes sociais. (Foto representativa: Voice of the Martyrs)

Jagarkhuin Abdulrahman Ismael, conhecido como “Jagar”, foi acusado de blasfêmia no Iraque por uso indevido de um dispositivo de telecomunicações, conforme a Voz dos Mártires. 

Ele foi considerado culpado por uma lei da região do Curdistão que criminaliza por “difamação, insulto ou ameaça” ao islã e condenado a 6 meses de prisão. Uma postagem nas redes sociais sobre o cristianismo ofendeu os islâmicos.

O Curdistão iraquiano, conhecido localmente como Região do Curdistão ou Curdistão do Sul, é uma região federal autônoma do Iraque que faz fronteira com Irã, Turquia e Síria.

Acredita-se que o promotor foi encorajado a acusar Jagar sob outra  lei, em vez de somente a lei de blasfêmia, para garantir uma sentença mais severa.

Situação do novo convertido

A igreja que Jagar frequenta, em Duhok, teve dificuldade em encontrar um advogado para defendê-lo devido ao crescimento das imposições islâmicas no Curdistão. 

Jagar tem 38 anos, é casado, se converteu ao cristianismo em 2018 e foi batizado pouco tempo depois.

Em outubro de 2022, ele foi intimado pelo tribunal por causa de postagens nas redes sociais consideradas ofensivas ao Islã.

Primeiro ele recebeu uma advertência verbal e foi liberado. No início de novembro, ele foi intimado novamente, informado da acusação de blasfêmia e detido. Ele foi liberado mais tarde sob fiança.

O pastor Bahzad Mziri, que é líder das igrejas na região, também foi acusado de blasfêmia no mesmo período. Os dois casos foram amplamente divulgados online, estimulando a incitação ao ódio contra os cristãos, conforme a organização. O advogado de Jagar entrou com um recurso que ainda não foi julgado.

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