O pastor presidente da Igreja Reformada em Cuba, Yordanys Diaz Arteaga, foi preso após uma batida policial em sua casa, no mês de fevereiro.
Embora ele tenha sido libertado no dia seguinte, foi colocado em prisão domiciliar junto de sua família.
Conforme o Christian Solidarity Worldwide — organização de direitos humanos especializada em liberdade religiosa — os policiais confiscaram aparelhos eletrônicos, telefones celulares e outros itens de propriedade da igreja.
Motivo da prisão
Yordanys está impedido de se comunicar com outras pessoas, já que responde pelo “crime” de receber mercadorias ilegais.
Essas “mercadorias ilegais” correspondem a roupas e calendários com versículos bíblicos que ele doou para alguns prisioneiros.
O governo cubano costuma pressionar e prender líderes de igrejas que insistem em coordenar projetos de ação social.
Conforme a Portas Abertas, o pastor tem sofrido perseguição por parte das autoridades desde que optou por se retirar do Conselho de Igrejas de Cuba. Além disso, ele é visado por ter apoiado os manifestantes contra o governo em 2021.
Hostilidade e perseguição
Houve muitos protestos internacionais por causa da prisão de 700 cubanos por participarem das manifestações em julho de 2021.
Mas, não houve nenhuma resposta por parte do regime comunista. “Pelo contrário, as represálias ao pastor Yordanys mostram que as autoridades cubanas estão determinadas a manter seu alto nível de hostilidade em relação a qualquer pessoa que não esteja alinhada com a ideologia do Estado”, disse um analista da Portas Abertas.