Policiais invadem culto e acabam sendo evangelizados por cristãos na China

Autoridades do governo chines foram mandadas para interromper o culto em uma igreja doméstica.

Fonte: Guiame, com informações de ChinaAidAtualizado: quinta-feira, 22 de maio de 2025 às 20:23
Imagem Ilustrativa. (Foto: Reprodução/Unsplash/Roberto Martins)
Imagem Ilustrativa. (Foto: Reprodução/Unsplash/Roberto Martins)

Policiais que foram enviados para interromper um culto em uma igreja doméstica na China acabaram sendo evangelizados pelos cristãos, que não pararam de pregar e adorar a Deus no local.

Recentemente, o culto foi interrompido por agentes de diferentes departamentos do governo, mas nenhum deles conseguiu parar a igreja.

“Graças a Deus, o encontro atraiu agentes da comunidade, da delegacia de polícia, do departamento étnico e religioso e da segurança do Estado. Eles nos ouviram falar sobre Jesus e ainda pudemos louvar e adorar como sempre”, relatou um cristão à China Aid.

Com a invasão, a igreja viu uma oportunidade de compartilhar o Evangelho com funcionários do governo. Além das autoridades, os cristãos também ministraram a Palavra de Deus para um casal recém-casado, que participou do mesmo culto.

Após o encontro, os membros compartilharam testemunhos. Um homem refletiu que, embora os cristãos que abrem suas casas para realizar cultos possam enfrentar riscos, eles são surpreendidos “pela graça e pela presença do Senhor”. 

Na ocasião, eles oraram para que Deus continue os abençoando para pregar o Evangelho no país:

“Os cristãos locais viram a interrupção deste encontro como uma experiência única, na prática de sua fé. Isso ilustra como o Evangelho se espalha em diferentes circunstâncias e demonstra a resiliência e a sabedoria dos crentes perseguidos”. 

Testemunho de fé

O evangelista Chen Wensheng, que também esteve na ocasião, testemunhou como tem mantido a fé apesar da perseguição na China.

Antes de conhecer Jesus, Chen foi viciado em drogas por mais de 10 anos. Ele ouviu o Evangelho pela primeira vez em um centro de reabilitação e sua vida foi completamente transformada. 

Chen costuma pregar nas ruas de Hengyang, em Hunan. No entanto, essa prática atraiu a repressão das autoridades do governo local. Por isso, ele foi detido diversas vezes, e sua família também sofreu consequências.

Em agosto de 2023, as autoridades de Hunan o condenaram a um ano e sete meses de prisão pela acusação de "organizar e financiar reuniões ilegais". No dia 2 de abril deste ano, ele foi solto e voltou a ministrar a Bíblia nas ruas com sua esposa.

Mesmo após sair da prisão, Chen continua enfrentando a perseguição das autoridades chinesas locais devido ao seu ministério. Seu direito constitucional à liberdade religiosa, garantido como cidadão, ainda enfrenta sérios obstáculos.

Este caso evidencia como, na China, a expressão pública da fé e a pregação do Evangelho estão sujeitos a severas restrições. Aqueles que se envolvem nessas práticas podem enfrentar riscos legais imprevisíveis, que reforçam a perseguição contra a liberdade religiosa no país.

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