O recém-eleito presidente vietnamita, Tô Lâm, acaba de se tornar também o novo secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, uma decisão que tem gerado preocupações entre os defensores da liberdade religiosa.
Em seu discurso de posse, Lâm reafirmou seu compromisso com as ideologias comunistas do Vietnã.
O novo mandatário, de 66 anos, que anteriormente liderou o Ministério de Segurança Pública do Vietnã, é conhecido por sua repressão a ativistas de direitos humanos e religiões minoritárias, como o cristianismo.
“Esta decisão é uma má notícia para os cristãos no Vietnã e para os cristãos vietnamitas de grupos étnicos minoritários que fugiram para outras nações”, disse um funcionário do International Christian Concern (ICC).
“O histórico de Tô Lâmcontra os cristãos vietnamitas e defensores dos direitos humanos está bem documentado. Como ministério que apoia e fortalece cristãos que sofrem, devemos observar o Vietnã ainda mais de perto para garantir que os cristãos lá possam suportar as provações que estão por vir sob esta nova liderança do Partido Comunista.”
A maioria dos vietnamitas pratica uma combinação de budismo e adoração aos ancestrais. Aproximadamente 7% da população é católica, enquanto menos de 3% são cristãos evangélicos.
Regime comunista
As igrejas em todo o Vietnã enfrentam numerosos desafios sob o regime comunista. Embora possam existir legalmente, as autoridades veem as igrejas como uma ameaça.
Autoridades comunistas frequentemente assediam igrejas, mesmo as oficialmente reconhecidas, especialmente quando elas evangelizam ou realizam trabalho comunitário.
As igrejas também são obrigadas a relatar seus ensinamentos e atividades ao governo. Vários cristãos vietnamitas que foram presos estão desaparecidos.
Autoridades dos EUA e defensores da liberdade religiosa, como a International Christian Concern, recentemente expressaram preocupações sobre a liberdade religiosa no Vietnã.