Dois anos atrás, não havia comida, água potável nem mesmo estrutura básica na aldeia de Hatone, no Malawi. Com o início do Projeto Umodzi, a realidade foi mudando e hoje a diferença é nítida.
O pastor Marcos Corrêa, diretor do Guiame e coordenador do Projeto Umodzi, esteve em Malawi neste mês e viu de perto a transformação feita na vida de crianças e adolescentes que, todos os dias, recebem comida, educação e o ensino da Palavra de Deus.
“Nós participamos da construção de salas de aula e do poço artesiano, mas foi tudo feito de longe. Eu ainda não tinha visto de perto o projeto reformado, porque as coisas foram acontecendo durante a pandemia. Aqui já podemos ver o projeto concluído”, disse Marcos ao caminhar pela aldeia de Hatone.
A maior dificuldade no apoio à aldeia é sua localização. Hatone está na província de Chikwawa, a quase 400 km de Lilongwe, capital do Malawi.
Inicialmente, as crianças da região — em sua maioria órfãs — não tinham acesso a itens básicos. Com a ajuda do projeto, iniciado pela Missão Mãos Estendidas (MME), atualmente 91 crianças estão sendo atendidas.
Os abrigos de palha foram substituídos por um centro de educação, composto por duas salas de aula, com carteiras, lousas e materiais escolares; um banheiro de alvenaria; além de uma cozinha onde os alimentos são preparados.
A construção de um poço artesiano mudou a realidade não apenas dos alunos da Umodzi School, mas de toda a região — pessoas que vivem nas redondezas têm retirado água gratuitamente no poço do projeto.
“Eu estive aqui alguns anos atrás e a situação era muito difícil. Pouco a pouco, com a generosidade de todos, estamos transformando a região”, observa Marcos Corrêa.
O poço artesiano mudou a realidade da aldeia de Hatone. (Foto: Guiame)
Educação: uma semente de liberdade
O pastor Saulo Porto, diretor de ensino da MME, também esteve no Projeto Umodzi e destacou a relevância de seu papel na formação social.
“No meio da selva a Umodzi School é realmente um oásis em termos de educação para aquelas crianças”, disse Saulo ao Guiame. “A maioria delas praticamente não ia à escola e agora temos no meio de uma aldeia — muito distante por sinal — um projeto de Deus”.
O pastor Saulo também destaca a importância de manter uma grade curricular educacional juntamente ao ensino bíblico. “A cosmovisão bíblica acaba sendo uma visão mais completa, porque consegue ver os aspectos materiais, emocionais e espirituais da vida. E tudo isso é muito importante para o desenvolvimento da criança”, explica.
“A cosmovisão bíblica traz não uma visão religiosa, mas uma visão completa em termos de mundo. Não é uma aula de religião, é ensinar as crianças a enxergarem a vida através das lentes da Bíblia. É ensinar que elas são criação de Deus e por isso elas têm valor, dignidade e um propósito. É ensinar que elas têm a responsabilidade de discipular nações e transformar realidades”, acrescenta o pastor.
Para Saulo, que também é professor de Cosmovisão Bíblica na JOCUM, a Umodzi School tem potencial de ser “uma semente da liberdade para aquele povo”.
“Deus não criou ninguém apenas para receber. Todos somos uma dádiva para esta geração e para as gerações vindouras. Quando temos essa perspectiva, não tratamos o outro com paternalismo, mas sim no sentido de facilitar os processos de Deus, de forma que eles possam desenvolver o potencial”, avalia Saulo.
“É realmente um projeto de Deus para aquela região”, finaliza.
Pr. Marcos Corrêa, diretor do Guiame e coordenador do Projeto Umodzi. (Foto: Guiame)
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