Uma manifestação preparada em Londres para esta terça-feira (19) exige a liberdade de Leah Sharibu, uma menina cristã mantida como escrava na Nigéria porque se recusa a renunciar à sua fé. A jovem de 15 anos estava entre as 110 alunas sequestradas em uma escola no dia 19 de fevereiro de 2018 e era a única cristã do grupo.
O protesto pela liberdade de Leah está sendo organizado por militantes cristãos junto ao Alto Comissariado da Nigéria, exatamente um ano após o desaparecimento da menina na cidade de Dapchi, no nordeste do país.
Chefe-executivo da Christian Solidarity Worldwide (CSW), Mervyn Thomas disse: “Leah Sharibu está agora nas mãos de uma seita violenta há 365 dias e estamos profundamente preocupados com a falta de ação do governo para garantir sua libertação”.
Diferentemente de suas colegas que foram libertadas, após negociações envolvendo o governo nigeriano, Leah permanece em cativeiro por se recusar a renunciar a sua fé cristã, pré-condição explícita para sua libertação.
“Continuamos a pedir ao governo da Nigéria para fazer tudo o que estiver ao seu alcance para acelerar a libertação desta corajosa estudante...”, disse Mervyn Thomas.
Boko Haram
Leah está sendo mantida pela Província do Estado Islâmico da África Ocidental – uma facção do grupo jihadista Boko Haram, que está alinhada com o Estado Islâmico.
Os extremistas vêm travando uma insurgência contra o governo nigeriano no norte do país desde 2009.
Mervyn Thomas acrescentou que está pedindo ao governo da Nigéria que “garanta que o exército esteja suficientemente equipado para combater o Boko Haram de forma eficaz, particularmente à luz do aumento de atividade de ambas as facções, e sua ameaça de minar o processo eleitoral”.