Uma igreja pentecostal do estado de Chhattisgarh, na Índia, foi atacada por radicais hindus durante a realização de um culto no último domingo (6), de acordo com a organização International Christian Concern (ICC).
A polícia local prendeu sete pessoas ligadas ao ataque, mas testemunhas alegam que uma atmosfera de impunidade em relação aos radiais hindus tem permitido que diversos ataques como este se repitam em Chhattisgarh.
O ataque aconteceu dias depois que uma carta do Congresso dos EUA foi enviada ao primeiro-ministro da Índia, expressando profunda preocupação com o aumento da intolerância religiosa no país. Como resposta, a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA (USCIRF) teve acesso negado ao território indiano.
Na ocasião, um grupo de 25 radicais hindus chegou de moto e invadiu a igreja, provocando um grande tumulto. Sessenta cristãos que estavam reunidos no culto foram espancados pelos radicais, que também destruíram instrumentos musicais, cadeiras e Bíblias.
Como se não bastasse a destruição do local, os radicais hindus também espancaram e tiraram a roupa forçadamente de várias mulheres cristãs.
De acordo com Arun Pannalal, presidente do Fórum Cristão de Chhattisgarh, os radicais justificaram o ataque alegando estavam ocorrendo conversões forçadas. "Eles disseram que as pessoas estavam sendo convertidas [lá]. Eles fugiram antes que a polícia pudesse chegar ao local. Este é o sexto ataque contra fiéis em Chhattisgarh dentro de seis semanas", completou.
"Todos os dias os cristãos são atacados", disse um cristão local que manteve sua identidade em segredo. "O que é relatado na mídia é a ponta de um iceberg.”
“A vandalização da igreja acontece em meio a um debate em toda a nação da Índia sobre o papel do nacionalismo hindu radical e do governo no aumento do ambiente de ódio e da intolerância que se instalaram contra a sociedade civil, os intelectuais e, acima de tudo, as minorias religiosas — como muçulmanos e cristãos", disse Dr. John Dayal, porta-voz do Fórum Cristão Unido.