Resolução da ONU pede fim da perseguição contra cristãos no Irã

O Terceiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o documento, denunciando o aumento da violência e prisões contra crentes no país islâmico.

Fonte: Guiame, com informações de Article 18Atualizado: sexta-feira, 28 de novembro de 2025 às 20:08
O Terceiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução. (Foto: Captura de tela/ONU).
O Terceiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução. (Foto: Captura de tela/ONU).

O Terceiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução denunciando a perseguição contra cristãos no Irã.

O Comitê, conhecido como Comissão de Assuntos Sociais, Humanitários e Cultural (SOCHUM), divulgou o documento neste mês, expressando preocupação com o "aumento do assédio, intimidação, perseguição, prisão e detenção arbitrárias e incitação ao ódio que pode levar à violência contra pessoas pertencentes a minorias religiosas reconhecidas e não reconhecidas, incluindo cristãos (particularmente convertidos do Islã)".

A resolução – aprovada por 79 votos a favor, 28 contra, com 63 abstenções – também mencionou as "restrições ao estabelecimento de locais de culto" e apelou ao governo iraniano para acabar, na lei e na prática, com todas as formas de discriminação com base na religião.

Grande parte dos países que votaram contra a resolução estão na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Portas Abertas, onde cristãos enfrentam diferentes formas de perseguição, como China, Coreia do Norte, Índia, Eritreia, Iraque e Cuba. O Brasil se absteve da votação.

No Comitê, o documento foi apresentado pelo representante do Canadá, que declarou que as minorias religiosas no Irã "continuam sofrendo discriminação, violência e perseguição enraizadas, refletindo um padrão deliberado e persistente de desrespeito aos direitos humanos e ao Estado de Direito".

O representante do Reino Unido afirmou que "a mídia ligada ao Estado intensificou a busca de bodes expiatórios e incitação contra minorias religiosas, em particular os bahá'ís e cristãos".

O documento ainda pediu que o Irã liberte todos os iranianos que foram presos devido a sua fé e que pare de vigiar cidadãos por causa de sua crença. 

Cristãos presos

A ONU também condenou o uso do Artigo 500 pela Justiça do Irã para acusar cristãos de “propaganda contra o regime” e sentenciá-los à prisão.

De acordo com a Relatora Especial da ONU sobre a Situação dos Direitos Humanos no Irã, Mai Sato, entre 24 de junho e 31 de julho, pelo menos 96 cristãos foram presos por atividades religiosas no Irã.

O país ocupa a 9ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas.

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