José Manuel da Conceição (1822-1873) era um padre católico que se tornou o “primeiro pastor protestante brasileiro”. Logo após ouvir as pregações de um missionário, numa igreja protestante presbiteriana, ele abandonou o catolicismo.
Conhecido como o “padre protestante” passou a pregar o Evangelho no interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Seus métodos diferentes de ensinar a Bíblia logo chamaram a atenção dos fiéis.
Como “pregador itinerante” proclamava a fé por algum tempo em alguma cidade e depois seguia viagem. Com isso, deixou de receber apoio de agências missionárias. Conforme um artigo da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, seu ministério estava mais focado em caridade e educação religiosa entre os mais humildes.
“Ele não procurava destruir os hábitos religiosos do povo brasileiro como um todo, mas planejava uma reforma realmente brasileira, harmonizada com o temperamento e os hábitos do país”, diz o artigo escrito por Rafael Gama. O pastor reconhecia que, em muitos fiéis, havia uma fé ignorante, mas profunda e sincera.
Declarações protestantes
Para o pastor, a dinâmica da mensagem cristã não se esgotava na salvação do indivíduo, mas atuava também, como ele mesmo afirmou, “para o bem-estar do meu país e a moralização da sociedade, cuja felicidade somente o Evangelho pode garantir”.
Depois de ser bastante perseguido em suas peregrinações, não poucas vezes sendo alvo de agressões físicas, faleceu na região do Vale do Paraíba devido a ferimentos sofridos.
A partir do século XIX, o movimento protestante se propagou, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. O aniversário de nascimento de José Manuel da Conceição — 11 de março, passou a ser o Dia da Educação Cristã em homenagem ao “pastor protestante” que se preocupou em levar Jesus para os brasileiros.