Os cristãos malaios que vivem nas áreas rurais enfrentam muitos desafios para seguir Jesus, entre eles, não ter Bíblias traduzidas no idioma nativo.
Além disso, como a maioria religiosa no país é muçulmana, converter-se ao cristianismo é o mesmo que cometer um crime contra as autoridades. Cristãos que antes eram muçulmanos são pressionados a retornar para o islã.
Nesse cenário difícil, porém, os fiéis — que vivem no país que ocupa o 50º lugar na Lista Mundial da Perseguição de 2022 — receberam 1.500 Bíblias em áudio traduzidas, conforme a Portas Abertas.
Um privilégio que nem todo cristão tem
Mil Bíblias em áudio foram entregues em 2021 e outras 500 entre janeiro e abril deste ano. A alegria dos cristãos, porém, é contemplada até o dia de hoje.
A possibilidade de ouvir a palavra de Deus em sua própria língua é um privilégio que nem todos os cristãos possuem.
De acordo com os tradutores da Bíblia, mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso a uma Bíblia traduzida em seu idioma.
Perseguição aos cristãos na Malásia
Mesmo sendo monitorados pelo governo, rejeitados pela família e vistos como inferiores pela sociedade, os cristãos na Malásia não desistem de sua fé em Cristo.
As igrejas são monitoradas pelo governo, os encontros entre cristãos acontecem secretamente e a rejeição da família e risco de violência fazem parte da realidade de quem quer seguir a Cristo.
Para eles, o preço para o caminho da salvação é alto. Evangelizar é algo impossível na Malásia, a não ser que a pessoa esteja disposta a bater de frente com os governantes.
Os principais tipos de perseguição aos cristãos na Malásia são: opressão islâmica e paranoia ditatorial. Já as fontes de perseguição são os grupos radicais que possuem uma cosmovisão diferente da cristã, líderes religiosos não cristãos, líderes de grupos étnicos, parentes, oficiais do governo, partidos políticos e grupos de pressão ideológica.