O estado de Kelantan, na Malásia, aprovou emendas ao seu código penal com base na lei islâmica, tornando crimes atividades evangelísticas e conversões ao cristianismo. Quem infringir a nova legislação pode ser multado, condenado a prisão ou sofrer espancamento.
De acordo com o jornal The Star, a promulgação do Código Penal (I) de Kelantan Syariah 2019 entrou em vigor em 1º de novembro, tornando 24 atividades ilegais.
As novas proibições incluem atividades de evangelismo, distorção dos ensinamentos islâmicos, desrespeito ao mês do Ramadã, destruição de casas de culto, tatuagem, cirurgia plástica, envolvimento em relações sexuais com cadáveres e não humanos, bruxaria e falsas alegações.
A pena descrita para os crimes são três anos de prisão, multa de cerca de mil dólares ou seis golpes de cana.
O ministro-chefe de Kelantan, Ahmad Yakob, afirmou que a promulgação das novas proibições ajudará a fortalecer a lei sharia não apenas no estado, mas também em outros estados do país de maioria muçulmana do sudeste asiático.
Além disso, Yakob declarou que as emendas têm o propósito de educar e trazer os violadores de volta ao caminho do islã.
A população da Malásia é de maioria muçulmana (66%) e apenas 10% é cristã, de acordo com o The Pew-Templeton Global Religious Futures Project. A minoria cristã sofre muitas formas de repressão islâmica.
Segundo a Portas Abertas, católicos e metodistas são monitorados por autoridades do país. E grupos protestantes não tradicionais são alvos mais frequentes de perseguição, por serem mais ativos no evangelismo. Na Malásia, é ilegal pregar o Evangelho para muçulmanos.
A Lista Mundial de Vigilância 2021 da Missão Portas Abertas classificou a Malásia como o 46º pior país do mundo para ser um cristão.
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