Um grupo ateu está celebrando vitória, depois que um distrito escolar da Geórgia prometeu não mais permitir que grupos como os Gideões tenham acesso às as salas de aulas para distribuir materiais, como exemplares do Novo Testamento.
A organização ‘Freedom from Religion Foundation’ (FFRF), que representa ateus, agnósticos e céticos, enviou uma carta às escolas do Condado de Effingham em Springfield, Geórgia (EUA), em dezembro do ano passado, alegando que duas escolas - Ebenezer Elementary e Marlow Elementary - permitiram que aos Gideões “entrar nas salas de aula, pregar para os alunos sobre o significado da Bíblia e distribuir exemplares das escrituras para os alunos”. As alegações foram feitas em nome de "diversos" pais de alunos, segundo a carta.
"Entendemos que toda criança recebeu uma Bíblia, mas disseram-lhes que poderiam devolvê-la ao professor se não a quisessem", disse a carta, datada de 13 de dezembro. "... Os tribunais sustentaram uniformemente que a distribuição de Bíblias para estudantes em escolas públicas durante o tempo de instrução é proibida".
O distrito "violou flagrantemente" os direitos de seus alunos, dizia a carta.
O advogado James D. Kreyenbuhl, representando o distrito escolar, respondeu em 29 de maio e disse que o assunto havia sido resolvido.
“Embora eu discorde da sua caracterização do tratamento dado pelo Distrito Escolar ou de que os direitos de qualquer aluno tenham sido 'violados de forma flagrante', a Junta de Educação me autorizou a garantir que adultos de fora, incluindo os Gideões, não serão permitidos nas salas de aula de qualquer escola do Distrito Escolar para proselitizar ou distribuir materiais religiosos”, escreveu Kreyenbuhl da firma Brennan, Harris e Rominger.
A FFRF, em um comunicado à imprensa, disse estar "satisfeita" com a conclusão. A organização frequentemente está envolvida em casos de alto nível relacionados a questões que que considera haver relação entre Estado e Igreja.
No ano passado, um tribunal ordenou que Kentucky permitisse que um homem tivesse uma placa personalizada com a frase "EU SOU DEUS", depois que o Estado a rejeitou por ser muito controversa. A FFRF representava o homem.
Este ano, uma escola de ensino médio de Kentucky removeu um versículo da Bíblia da parede em seu vestiário esportivo após uma reclamação da organização.
Mas a FFRF perdeu um grande caso nos EUA no Tribunal de Apelações do 11º Circuito deste ano. Juízes disseram que uma histórica cruz da era da Segunda Guerra Mundial de cerca de 10 metros pode permanecer erguida em um parque de Pensacola, na Flórida.