A desconfiança dos ateus é "profundamente e culturalmente enraizada" entre as pessoas, e até mesmo muitos ateus não conseguem confiar uns nos outros, de acordo com um novo estudo realizado pelo departamento de psicologia da Universidade de Nottingham Trent, na Inglaterra.
Publicado no Jornal Internacional de Psicologia da Religião, o estudo intitulado "A Robustez do Preconceito Anti-Ateu como Medido por Meio de Erros Cognitivos", foi realizado com 100 participantes do Reino Unido.
Eles participaram uma experiência on-line na qual foram convidados a ler uma vinheta descrevendo as ações de um indivíduo não confiável. Eles foram, então, solicitados que fizessem um julgamento com relação à identidade do indivíduo não confiável.
Metade dos participantes foi convidada a responder se era mais provável que o homem fosse (a) um professor ou (b) um professor religioso. A outra metade do participantes respondeu se eles pensavam que era mais provável que o homem fosse (a) um professor ou (b) um professor ateu, de acordo com pesquisa.
Conforme os resultados, 66% do participantes disseram que o 'homem não confiável' em questão era provavelmente um professor ateu. Os participantes foram convidados a responder a mesma pergunta novamente, depois de serem informados sobre as proporções da população, entre religiosos e ateus. Segundo os organizadores da pesquisa, a informação fez pouca diferença na percepção dos participantes.
O estudo mostra que "o preconceito anti-ateu não se limita aos países predominantemente religiosos ou a pessoas religiosas, mas parece ser uma opinião sólida sobre os ateus".
Segundo o jornal britânico 'Independent', os resultados "sugerem que a desconfiança anti-ateu está profundamente e culturalmente enraizada, independentemente da participação em grupo de um indivíduo", e acrescentou que até mesmo muitos ateus foram apresentaram uma desconfiança instintiva entre si.
Cerca de 13% das pessoas na Grã-Bretanha se identificam como ateístas.
Os Professores Thomas Dunn e Leah Giddings, que conduziram o estudo, afirmaram que estes resultados podem levar à avaliação de um quadro mais complexo.
"Olhando para o futuro, é também importante explorar como essas percepções e atitudes manifestas comportamentalmente com relação a ateus, se as pessoas agem por estes preconceitos e em quais contextos. A natureza e a extensão do problema podem ser mais bem compreendidos e podemos adotar medidas para lidar com isso".
"Deus Não Está Morto"
O ateísmo tem sido um tema amplamente debatido nos últimos meses, no Brasil e nos Estados Unidos e o sucesso dos cinemas "Deus Não Está Morto" (1 e 2) está ilustrando bastante este cenário.
No primeiro filme da saga, um aluno universitário cristão é confrontado por seu professor a dizer que "Deus Está Morto" e o estudante sente-se desafiado a debater com o funcionário da Universidade sobre a existência de Deus.
Já no segundo filme, uma professora cristã enfrenta processos judiciais a expor o seu ponto de vista sobre a Bíblia em sala de aula.
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