A Igreja Metodista Episcopal Emmanuel, onde nove pessoas foram mortas a tiros durante um estudo bíblico no ano passado está entre as indicações para o prêmio Nobel da Paz deste ano.
A resposta pacífica da igreja de Charleston (EUA), cujos membros escolheram perdoar o atirador Dylann Roof, levou um grupo de políticos do estado norte-americano de Illinois a nomear a igreja.
"Se alguém foi responsável por promover a paz, foi a Igreja Emmanuel e sua liderança”, disse Frank Zuccarelli, um supervisor da Thronton Township. "Eles demonstraram mais amor, paz e perdão do que jamais visto antes. Eles são um grande exemplo a ser seguido por todos nós."
Zuccarelli nomeou a igreja ao lado de outros políticos, incluindo Bobby Rush e Robyn Kelly.
"Em outra cidade, um incidente de tal ódio e horror racista poderia ter provocado uma onda de raiva, violência e divisão - conduzindo multidões para as ruas em confronto com policiais. Em vez disso, algo inesperado aconteceu: um derramamento de unidade e perdão", afirma um trecho da petição de Charleston no Prêmio Nobel da Paz.
"Toda a comunidade de Charleston - a igreja, os cidadãos comuns, os líderes políticos e empresariais se uniram para apoiar as famílias que perderam seus entes queridos. Eles se uniram em um espírito de perdão, amor e paz; não de raiva ou ódio", acrescenta.
A resposta pacífica pelo tiroteio teve repercussões significativas. Poucos dias depois do tiroteio em massa, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, tomou medidas para aposentar a bandeira confederada dos jardins do Capitólio do estado, vista por muitas pessoas negras como um símbolo racialmente divisivo.
O Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros, recebe cerca de 200 indicações. A primeira reunião de julgamento será realizada no dia 29 de fevereiro.