Beijar os cadáveres de vítimas do Ebola em funerais, e os rituais religiosos praticados nessas cerimônias estão ajudando a espalhar o vírus mortal, de acordo com Peter Piot, um dos principais cientistas do mundo que estava entre os primeiros a identificar Ebola em 1976.
"Há fortes crenças e ritos funerários tradicionais, que exigem que toda a família toque o cadáver", disse Piot em uma entrevista, "e eles têm refeições na presença do corpo morto." Piot explica que religiosos africanos acreditam que o objetivo da vida é se tornar um antepassado, e que os ritos funerários são necessários para garantir a passagem do falecido para "o outro mundo".
Igrejas de toda a região foram fechadas ou alteraram alguns ritos de adoração, incluindo a comunhão compartilhada, em uma tentativa de impedir a disseminação da doença.
Peter Piot, que é diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse que a piora das condições na África Ocidental contribuíram para uma "tempestade perfeita" da doença, incluindo uma população crescente, décadas de guerra civil, corrupção governamental generalizada, os sistemas de saúde disfuncionais e uma crescente desconfiança na medicina ocidental.
Com informações de Religion Service News
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