
Mas será que este livro sagrado, que traz a mensagem, a boa nova da salvação à humanidade tem sido realmente valorizado por nós, cristãos? Será que que ele tem sido visto realmente como o nosso guia de fé e prática ou apenas como mais um enfeite em nossas belas estantes? Será que realmente o enxergamos com uma arma espiritual poderosa ou apenas como um tipo de “desodorante gospel”, sempre a carregando debaixo do braço?
Certa vez ouvi a história de uma jovem chinesa, que ao receber uma Bíblia de presente, abriu o livro e foi diretamente a uma determinada página. O missionário que presenteou a moça perguntou: “Por que você quis ler esta passagem especificamente?” Com lágrimas nos olhos, ela respondeu: “Há anos ganhei uma folha deste livro de presente. Desde então, a tenho lido, frente e verso e estava ansiosa para ler a continuação daqueles versículos!”.
Me corta o coração saber que temos prateleiras abarrotadas de Bíblias – muitas vezes se enchendo de poeira – enquanto há povos e nações que anseiam por ler e reler cada verso deste precioso livro. Nada contra quem possui diversas versões da Bíblia em casa. Porém a minha crítica se dirige àqueles que vivem em um país livre como o nosso e não aproveitam a oportunidade de se aprofundar no estudo das escrituras sagradas.
A Bíblia é fonte de conhecimento sobre Deus e Sua vontade. Traz informações essenciais para uma caminhada madura e de intimidade com Ele.
Um povo sem conhecimento torna-se facilmente manipulável e destrutível. O profeta Oséias foi usado pelo Senhor, para alertar o povo de Israel sobre tal perigo.
“Meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento. ‘Uma vez vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos” (Oséias 4:6).
O povo de Israel estava afastado dos caminhos de Deus, rejeitando Seus ensinamentos e displicente no cumprimento de Suas ordenanças. O Senhor falou pela boca do profeta e anunciou a penalidade que o povo sofreria por adotar tal conduta.
A minha oração é que possamos ser a cada dia mais como o salmista, que declarou carregar a Palavra guardada em seu coração, para não pecar contra o Criador de todas as coisas (Sl 119:11).
Que possamos compreender que ela traz força para o espírito, assim como o alimento traz energia para o nosso físico.
Por João Neto – www.guiame.com.br