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Entidades judaicas do Brasil repudiam ataque na Austrália: ‘Explosão de antissemitismo’

O ataque ocorreu durante a celebração “Chanukah by the Sea”, transformando um momento festivo comunitário em uma tragédia marcada por violência, mortos e feridos.

Fonte: Guiame, com informações do Daily Mail e ReutersAtualizado: segunda-feira, 15 de dezembro de 2025 às 13:28
Atiradores espalham terror durante celebração judaica na praia de Bondi Beach, em Sydney. (Captura de tela/YouTube/Daily Mail Australia)
Atiradores espalham terror durante celebração judaica na praia de Bondi Beach, em Sydney. (Captura de tela/YouTube/Daily Mail Australia)

Entidades representativas da comunidade judaica no Brasil condenaram, neste domingo (14), o ataque ocorrido durante uma celebração de Hanukkah na praia de Bondi Beach, em Sydney, na Austrália.

A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) e Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) divulgaram nota de repúdio ao ato antissemita que vitimou membros da comunidade judaica australiana.

Segundo a polícia, o ataque deixou 15 mortos entre os participantes; com a morte de um dos atiradores no local, o total chega a 16 vítimas fatais, além de dezenas de feridos encaminhados a hospitais.

O atentado aconteceu durante o acendimento da primeira vela da festividade judaica “Chanukah by the Sea”, e transformou um encontro comunitário em cenário de violência.

Em nota, a CONIB manifestou “profunda consternação e solidariedade” à comunidade judaica australiana. A entidade ressaltou que um momento de celebração foi brutalmente interrompido pelo ódio:

“O que deveria ser um momento de celebração da vida, da fé e da luz foi brutalmente interrompido pelo ódio. Famílias foram atingidas, pessoas ficaram feridas e uma comunidade inteira foi marcada pela violência em um momento sagrado.”

‘Explosão de antissemitismo’

Para a CONIB, atacar judeus enquanto celebram sua fé representa não apenas um crime contra indivíduos, mas um ataque direto à liberdade religiosa e aos valores fundamentais da convivência democrática.

A entidade também relacionou o atentado a um cenário global de aumento do antissemitismo, intensificado após os ataques do Hamas contra Israel em outubro de 2023.

“Desde os ataques do Hamas contra Israel em outubro de 2023, o antissemitismo explodiu pelo mundo. A campanha de vilificação de Israel têm como consequência ataques letais contra comunidades judaicas em várias partes do globo, como vimos na Austrália agora, mas também nos EUA e na Europa”, diz a nota.

E continua: “Neste momento de dor, nos unimos em luto às vítimas, às suas famílias e a toda a comunidade judaica australiana. Reafirmamos nosso repúdio absoluto ao terrorismo e ao antissemitismo, em todas as suas formas, e reiteramos a urgência de que o mundo reconheça e enfrente essa ameaça sem relativizações ou silêncio.”

‘Ódio aberto’

Em sua nota de repúdio, a Federação Israelita expressou profunda consternação diante do ataque, além de solidariedade às vítimas, aos feridos e às famílias enlutadas.

A entidade lembrou que, há dois anos, jovens judeus foram atacados durante a celebração de Simchat Torá, em 7 de outubro de 2023, e alertou que a repetição da violência, agora em outro continente, evidencia uma escalada global do antissemitismo.

Para a Fisesp, atacar judeus em momentos de celebração religiosa é uma tentativa de impor o medo e restringir o direito de existir e expressar uma identidade milenar.

“É o ódio operando de forma aberta, mirando famílias, jovens e crianças que estavam reunidos apenas para celebrar sua fé e sua história”, afirmou.

Apelo às autoridades

Após expressar sua total solidariedade às vítimas, aos feridos, às famílias enlutadas e a toda a comunidade judaica da Austrália, a federação fez ainda um apelo às autoridades e à sociedade internacional, afirmando que a tolerância ao discurso de ódio tem consequências reais e violentas, e que o silêncio e a relativização diante do antissemitismo custam vidas.

Segundo a Reuters, um dos atiradores foi morto, enquanto um segundo permanece em estado crítico. A polícia investiga se um terceiro agressor esteve envolvido, informou o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, em coletiva de imprensa.

Entre as 29 pessoas levadas ao hospital com ferimentos, estavam dois policiais, acrescentou.

As autoridades australianas seguem investigando o ataque, enquanto reforçam a segurança em locais ligados à comunidade judaica.

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