Ex-Miss Eslováquia diz que motorista de aplicativo a expulsou do carro por ser judia

A modelo e ex-Miss Eslováquia, Miriam Mattova, de 33 anos, afirma ter sido obrigada a sair de um carro de aplicativo no meio de um cruzamento movimentado em Toronto depois que a motorista descobriu que ela era judia.

O episódio ocorreu na noite de 30 de novembro, quando Mattova entrou no veículo na Dundas Street, região central da cidade.

Ela realizava uma chamada de vídeo com uma amiga, comentando sobre uma missão recente em Israel.

Segundo Mattova, a motorista então freou abruptamente e ordenou que ela deixasse o veículo em pleno cruzamento movimentado.

“Eu imediatamente terminei a ligação e perguntei, tipo, por que estava parando. E [ela] me disse que se sentia desconfortável comigo no carro”, contou Mattova.

“Então perguntei por que, porque não havia feito nada de errado. E então recebi a resposta de que eles não conduzem judeus.”

Discriminação

A modelo e uma amiga que havia solicitado a corrida registraram queixas detalhadas junto à empresa ainda naquela noite.

^{Miriam Mattova participa do Baile de Apreciação do Centro Judaico de Yorkville na terça-feira, 28 de outubro de 2025. (Foto: Miriam Mattova)}

A empresa de aplicativo afirmou que está em contato com as partes envolvidas e que leva a sério qualquer alegação de discriminação na plataforma.

Em comunicado, disse lamentar o ocorrido e ressaltou que comportamentos discriminatórios “não têm lugar” em seu serviço, além de assegurar que tomou “ações apropriadas” após investigar o caso.

No entanto, Mattova e seu advogado, Howard Levitt, criticaram a postura da empresa, dizendo que ainda não sabem se a motorista foi efetivamente removida da plataforma.

Pedido formal de desculpas

Eles exigem, além de um pedido formal de desculpas, a demissão da motorista, uma doação para uma instituição de caridade israelense escolhida pela modelo e que todos os motoristas da empresa confirmem formalmente a política de antidiscriminação da empresa.

Segundo a ex-Miss Eslováquia, cidadã canadense, tanto ela quanto a amiga responsável pela corrida apresentaram à empresa relatos detalhados sobre o que ocorreu.

“O Canadá sempre foi um lugar no qual eu acreditei. É por isso que voltei a viver aqui. Um país acolhedor, diverso e respeitoso. E todos nós compartilhamos a responsabilidade de garantir que continue assim. Falar sobre isso não tem nada a ver com me colocar no papel de vítima – quero deixar isso muito claro”, disse.

“Trata-se de traçar um limite, sustentar a verdade e incentivar que o ódio contra qualquer religião ou comunidade, não apenas contra o povo judeu, seja confrontado”.

Enfrentar o antissemitismo

E continuou dizendo acreditar que todo incidente como este deve ter consequências para a motorista e “para a grande empresa envolvida”.

No início de novembro, Mattova viajou a Israel para testemunhar de perto as consequências dos ataques terroristas liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul do país.

Lá, visitou o Kibutz Be'eri e encontrou o ex-refém Ofir Engel, levado pelos terroristas junto com o pai da namorada.

Ela afirmou à Fox News Digital que este não foi o primeiro episódio de antissemitismo que enfrentou no Canadá e destacou a necessidade de que as pessoas “permaneçam firmes e enfrentem o antissemitismo moderno”.