Já se passaram mais de 3 semanas após o sequestro dos 17 missionários pela gangue 400 Mawozo — uma das mais poderosas do Haiti. Segundo as autoridades, entre os missionários, 16 são americanos e 1 canadense, conforme a CNN Brasil.
Os missionários visitaram um orfanato, no dia 16 de outubro, em Croix des Bouquets, um subúrbio a nordeste da capital haitiana, em Porto Príncipe. Na volta, foram surpreendidos por homens armados que os levaram.
A gangue que assumiu a responsabilidade pelo sequestro exigiu 17 milhões de dólares em resgate para libertar todos em segurança. Na última terça-feira (09), um alto funcionário do governo Biden disse que há evidências de que alguns estejam vivos.
‘Estamos trabalhando para trazê-los para casa’
Segundo a Reuters, o oficial que não quer ser identificado, não deu detalhes sobre que tipo de provas foi vista ou quais missionários ainda estão vivos. Sabe-se que entre eles estavam algumas crianças e adolescentes com idades de 3, 6, 14, 15 e um bebê de apenas 8 meses.
Também há informações de que os missionários estão associados ao Christian Aid Ministries (CAM), uma organização cristã com sede de Ohio. “Estamos trabalhando juntos das autoridades governamentais para trazê-los para casa em segurança”, declarou um dos responsáveis.
“As famílias dos reféns continuam a enfrentar longos dias de espera por notícias sobre seus entes queridos. As orações têm sido motivo de esperança e encorajamento para todos. Continuem orando”, pediu na declaração.
Ameaças dos criminosos
Um homem identificado como Wilson Joseph — que acreditam ser o líder da gangue — foi visto num vídeo, que circulou nas redes sociais no mês passado, durante o qual disse que a gangue vai matar os missionários se o pagamento não for feito.
“Juro que se não conseguir o que estou pedindo, vou atirar na cabeça desses americanos”, proclamou. Os missionários não apareceram no vídeo. De acordo com o Miami Herald, o presidente Joe Biden tem recebido briefings diários sobre a situação dos reféns.
Porém, as informações divulgadas ao público sobre os esforços de aplicação da lei até agora têm sido escassas. “Eu pessoalmente atualizo essa questão todos os dias para o presidente, que está profundamente interessado em garantir que cada uma dessas pessoas volte para casa com segurança”, disse o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
Conforme o Guiame noticiou em 27 de outubro, o pastor americano Jean Pierre Ferrer Michel, de 79 anos, foi libertado após o pagamento de 550 mil dólares. Ele foi sequestrado pelo grupo terrorista duas semanas antes dos 17 missionários, num evento isolado.