O chanceler da Itália, Franco Frattini, disse que já "se fala" em um êxodo de cristãos coptas do Egito em torno de 100 mil, após o ataque a uma igreja copta no país, que motivou os protestos de domingo. "Sentimos o êxodo de cristãos. Fala-se de 100 mil cristãos que teriam deixado o Egito, mas não sabemos se esses números são verdadeiros", afirmou o ministro italiano.
Reunido com outros chanceleres da UE (União Europeia) em Luxemburgo, Frattini apontou que espera que o conselho de ministros de Relações Exteriores da UE condene a "grave violência contra os coptas cristãos do Egito".
"Estou certo de que as autoridades egípcias querem investigar e processar logo os responsáveis", indicou, opinando que "esta violência não deve mais se repetir".
Houve manifestação dos coptas em protesto contra o ataque a um templo cristão no Egito e isso acabou em um confronto com a polícia, que levou à morte de pelo menos 25 pessoas, deixando 200 feridos.
O subsecretário da Chancelaria italiana, Gianni Vernetti, deputado da Aliança pela Itália, pediu que, "depois deste enésimo ataque aos cristãos no Egito", Frattini "convoque imediatamente o embaixador à Itália para exprimir os protestos formais do governo italiano".
Hoje, o premiê egípcio, Essam Sharaf, fez um apelo por calma no país, após o conflito de ontem, e impôs toque de recolher. O ataque a uma igreja copta ocorreu na semana passada, na província de Assuã. Os fiéis atribuíram o ocorrido a muçulmanos radicais.