O monumento de granito instalado em homenagem aos Dez Mandamentos no Estado de Oklahoma (EUA) foi removido do Capitólio, onde estava instalado, na noite passada. Já na época de sua instalação, em 2012, a peça havia gerado grande polêmica e dividiu a opinião, não somente de parlamentares e eleitores de Oklahoma, mas o caso acabou ganhando projeção nacional.
Na noite da última segunda-feira (5), empreiteiros começaram a derrubar o monumento, após a decisão da Suprema Corte, anunciada em junho. Segundo o informativo da decisão judicial, o Estado de Oklahoma estava violando a proibição constitucional do Estado sobre o uso do bem público para apoiar "qualquer seita, igreja, denominação ou sistema de religião".
A decisão de remover o monumento provocou polêmica em Oklahoma e até mesmo em outros estados. A segurança em volta da peça chegou a ser reforçada enquanto a o processo para remoção do monumento avançava.
A peça será transferida para uma instituição privada de ensino.
A a controvérsia gerada pela instalação da peça no Capitólio do Estado levou a uma ação judicial apresentada por um líder da Igreja Batista, Bruce Prescott, que argumentou que o monumento violava a constituição do Estado.
"Francamente, estou feliz que finalmente o governador e procurador-geral de concorde com a transferência do monumento para uma propriedade privada, que é onde eu acredito que ele seja mais adequado", disse.
"Eu não sou contra os Dez Mandamentos. O primeiro sermão que preguei foi sobre os Dez Mandamentos. Eu só me oponho ao fato de que ele esteja em propriedade pública".
O ex-deputado estadual Mike Reynolds, um republicano que votou em 2009 a favor da instalação do monumento afirmou que é necessário reformar a Constituição, a fim de evitar uma ocorrência similar: "Agora sabemos que precisamos de mudar a Constituição", disse ele.
Vários legisladores conservadores disseram que vão apresentar uma resolução em fevereiro (2016), quando houver a convocação para remover o artigo que impede a utilização de fundos públicos ou de bens para fins religiosos.