Deus está chamando o Brasil para investir em missões, diz Will Hart

Em entrevista ao Guiame, Will Hart, CEO da organização Iris Global, fala sobre o espírito de orfandade e o movimento missionário no Brasil.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: sexta-feira, 18 de janeiro de 2019 às 19:12

“O Brasil está grávido de um movimento de missões”. Esta chamada para a nação tem movido o coração de Will Hart, CEO do Iris Global desde 2016, organização missionária fundada por Heidi e Rolland Baker.

Em entrevista ao Guiame na primeira conferência do Iris Global no Brasil, Hart contou que tem uma relação próxima com a nação brasileira, que já foi visitada por ele cerca de 50 vezes. “Eu amo essa nação. Os maiores encontros que eu tive com Deus na minha vida, foram aqui no Brasil”, afirmou.

“Eu sei que a mão de Deus está sobre essa nação. Eu acredito que o Brasil está grávido de um movimento de missões. Há tanta paixão e amor por Jesus nessa nação que, se ficar nas quatro paredes de uma igreja, pode ser perdido”, alertou Will.

O missionário observou uma grande mudança na igreja brasileira nos últimos anos, e notou que o foco de muitas congregações passou a ser as pessoas, e não os prédios. Ele também teve uma percepção sobre a necessidade das pessoas nas ruas.

“Aqui eu já sentei com usuários de drogas, crianças no lixão, pessoas em situação de miséria. Eles não estão pedindo por uma ajuda social, eles precisam de Jesus. Eu digo que isso é um sinal: o campo está pronto para a colheita nesse momento. Eu acredito que Deus está nos chamando agora. Não é missões; missões é apenas um termo. Eu acredito que é tempo de repartir aquilo que recebemos”, incentivou.

Will acrescentou: “Eu tenho esse fogo ardendo dentro de mim. Se eu não chamar à existência esse movimento missionário agora no Brasil, eu vou perdê-lo”.


Will Hart durante pregação na Igreja da Cidade, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa) 

Órfãos espirituais

Sua experiência em Moçambique, onde o Iris Global tem um trabalho missionário mais intenso, Hart aprendeu diretrizes importantes sobre a paternidade de Deus.

“Os órfãos cuidam de si mesmos. Eles lutam por si mesmos porque não tem ninguém para lutar por eles. O espírito de orfandade consome tudo o que tem hoje, porque ele não sabe o que terá amanhã”, disse ele.

Sua fala se explica através de uma reação que ele observou das crianças órfãs, abrigadas pelo Iris em Moçambique. “Nós colocávamos elas diante de um prato de comida e elas comiam até vomitar, e muitas delas colocavam comida nos bolsos. Se você der uma camiseta, elas não sabem que nós temos um container com mil camisetas e que pelo resto da vida elas não vão mais precisar de camisetas. Então quando você dá uma camiseta, eles vendem ou escondem para pegar outra”, retratou.

“Elas confiam mais em sua própria proteção e provisão do que nas coisas gratuitas que estão diante delas. Elas não conseguem entender que terão três refeições por dia para sempre”, acrescentou Hart. “O espírito de orfandade está vivo e forte dentro das igrejas e em todos os lugares que vamos. A única coisa que quebra isso é o amor radical e o entendimento de quem é o Pai”.

Hart citou ainda o texto bíblico de Tiago‬ ‭1:27‬, que afirma que a religião que Deus aceita como pura e imaculada é “cuidar” dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades.

“Por que a Bíblia não diz para ‘alimentar’? Por que não diz para ‘dar casa aos pobres’? Ela diz que a verdadeira religião é ‘cuidar’ dos órfãos e das viúvas. Sabe por que? A única coisa que pode curar um coração órfão é um pai ou marido. É algo que só Deus pode prover. O mundo não tem isso, mas nós, cristãos, temos — é por isso que Tiago chama de verdadeira religião. Porque o corpo de Cristo é o único capaz de ajudá-los a resolver esse problema verdadeiramente.

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