“É preciso deixar de ser fiscal do outro e avaliar o próprio coração”, diz PC Baruk

Em entrevista ao Guiame, Paulo César Baruk explica como manter constância durante a caminhada cristã.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: terça-feira, 12 de fevereiro de 2019 às 19:38

Para ter uma vida constante durante uma caminhada cristã de muitos anos, é preciso viver na dependência de Deus, de acordo com o cantor Paulo César Baruk.

“Não há possibilidade que eu me mantenha constante no Senhor se eu não estiver totalmente dependente Dele. Se não poderia parecer que isso é fruto de algo que eu faço em mim mesmo, mas, acima de todas as coisas, é uma ação do Espírito Santo de Deus agindo em mim”, disse ele em entrevista ao Guiame.

Citando uma frase do teólogo americano Charles Swindoll, o cantor afirmou que a distância entre cair e o estar de pé é o cuidado. “Um segredo para essa pseudo constância eu diria que é o cuidado. Mais do que virar fiscal da vida do outro, é virar um avaliador em Cristo do próprio coração, e recorrer a Ele cada vez que se percebe que as coisas não andam bem”, disse Baruk.

Depois de se aprofundar na “graça”, tema que direcionou seus últimos álbuns, Baruk esclareceu que a graça do Novo Testamento não anula a lei do Antigo Testamento, nem o contrário.

“Eu vi uma analogia muito esclarecedora para o meu coração, que compara a lei a um espelho. O espelho pode apontar quando a roupa está suja e quando meu cabelo está bagunçado, mas o espelho não tem condições de branquear as minhas vestes e pentear o meu cabelo. Ele mostra o que está de errado, mas por si só não tem condições de reparar aquilo que está errado em mim. Aí é função da graça”, ilustra.

“Quando eu vejo na lei o quão pecador eu sou, o quão distante de um padrão de santidade eu estou, eu recorro à graça de Deus. A graça de Deus que atua em mim é que faz essa transformação de dentro para fora”, acrescenta Baruk.

O cantor destaca que não se pode desvincular lei e graça. “Porque se não podemos nos tornar fundamentalistas ou legalistas demais ou descartar tudo isso e ficar só na graça. Eu acho que a lei dá respaldo para que a graça não seja barata. Quando eu entendo do que a lei me acusava, eu consigo ser muito mais grato a Deus pela graça que me alcança”, afirma.

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