Atualmente com 35 anos de idade, Giuliano Ferreira relembra um passado que não lhe dá exatamente motivos para se orgulhar. Como ator, estima que tenha contracenado em aproximadamente 300 filmes pornográficos, além de ter trabalhado como dançarino em casas noturnas.
Giuliano conta que "uma coisa levou à outra". Seu destaque nas plataformas chamaram a atenção de produtores de filmes pornô.
“Com a ascensão das minhas performances, recebi o convite para os filmes”, conta.
Porém no auge de sua carreira - chegando a tirar R$ 1.500 por dia - decidiu largar tudo para seguir o que ele mesmo classificou como um "chamado de Deus".
Apesar da forma "inusitada", Giuliano conta que uma pequena dor de dente - que sentiu durante uma das gravações - ganhou um significado maior posteriormente. Ao procurar um dentista para extrair o dente dolorido, a extração não foi bem sucedida e gerou uma infecção mais grave.
“Mas não culpo o dentista. Vejo a mão de Deus em tudo isso. Para eu poder parar e tomar um rumo”, contou.
O pastor conta que se converteu em uma Igreja Batista e acabou estudando teologia em um núcelo de ensino da Assembleia de Deus.
Atualmente, Giuliano conta sua história em um livro intitulado "Luz, Câmera, Ação e Transformação". Na capa, é possível perceber um tipo "antes e depois", no qual de um lado está uma foto dele caracterizado de "go-go boy" e do outro lado está uma outra imagem, mostrando Giuliano de terno, gravata e uma bíblia na mão.
Mudança radical
Giuliano está casado há 11 anos, tem um filho e um enteado. Ao comentar sua profissão do passado, destaca que é classificada como prostituição pela Bíblia e lembra como o matrimônio pode ser prejudicado por isso.
“Tenho a certeza que uma pessoa que se casa gostaria de saber que sua esposa não se relacionou com outra pessoa e se guardou somente para ele. Agora vão falar: ‘Que isso, você fazia filmes e agora tá assim careta!'. Amo minha mulher e a respeito muito. Ela rompeu as barreiras e se casou comigo, um cara que tinha já tido muitas pessoas na vida”, explicou.
O pastor lembrou que um certo preconceito ainda existe, mas que de forma geral, a Igreja cumpre sua função.
“Ela é para acolher, independentemente se é ex-drogado, ex-homossexual, ex-prostituta. O próprio Jesus disse: eu vim para os doentes, não para os sãos”, afirmou.
Com informações da UOL