A anulação do processo administrativo que do Conselho Regional de Psicologia do Paraná - o qual havia resultado na cassação do registro profissional da psicóloga cristã Marisa Lobo - repercutiu em diversos sites, blogs de notícias e mídias sociais, não somente do Brasil, mas também de outros países, como no caso da Itália.
Recentemente, uma página do Facebook chamada "Ex-gay World" postou um comentário sobre a notícia, celebrando a recente vitória de Marisa.
"A decisão do Tribunal Federal restabeleceu a Marisa, a oportunidade de exercer a sua profissão e de ajudar as pessoas que têm sentimentos homossexuais indesejados a procurar as causas reais, com base no fato de que as ordens de psicólogos têm limitações e não podem impor regras não exigidas por lei e limites à liberdade de expressão e religião. Isto também é verdade na Itália!", disse a publicação.
Em outro trecho da postagem, os administradores da página também comentaram que a sociedade tem buscado rotular pessoas, como "gays", "lésbicas" ou até mesmo "ex-gays", mas estes seriam seres humanos que podem mudar sua condição atual e não se prendem a rótulos.
"Termos como gays, bissexuais, heterossexuais, lésbicas, ex-gays, etc.etc... não têm nenhuma realidade científica, são apenas rótulos inventados para aprisionar pessoas a características que podem ser alteradas. Existem apenas homens e mulheres com sentimentos sexuais e românticos que sentem-se solitários, mas com a ajuda de especialistas podem ser compreendidos e transformados, não sendo mais obrigados a seguir estilos de vida que não desejam", disse o breve texto.
"Cura Gay"?
Segundo Marisa, o termo "cura gay" foi adotado de forma incorreta, apesar de ter ganho uma grande projeção midiática.
"Nós aceitamos a pluralidade sexual e, com base nesta pluralidade mesmo é que o meu paciente manda na terapia. A ele é o dado o direito de sigilo e de escolha. Então se ele chega com um sofrimento psíquico dentro do meu consultório, eu vou atender a este sofrimento - ainda que seja o desejo dele de mudar a sua opção / orientação [sexual]. O que eu não posso é oferecer tratamento e dizer que há 'cura', mesmo porque eu, Marisa Lobo nunca disse que homossexualidade é doença. O termo 'doença' [anteriormente associado à homossexualidade] já foi retirado da Associação de Psicologia Americana nos anos 70. Na verdade, houve uma grande confusão gerada por um ativismo político e fico muito triste por isso, porque quem sofre nisso tudo são os homossexuais e ex-homossexuais", disse a psicóloga durante sua participação em um programa de TV.
Perseguição
Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Marisa reforçou o caráter de perseguição religiosa que o caso ganhou.
"Desde o começo eles (Conselho) inventaram a questão da cura gay, porque eu falo tecnicamente contra a ideologia de gênero e outras aberrações que o Conselho quer enfiar goela abaixo de todo o povo. O Conselho me perseguiu, porque eu o estava denunciando e não por causa de 'cura gay' - tanto que eles mesmos tiraram isto do processo e se focaram contra a questão da psicologia cristã. Então ficou claro que era um caso de perseguição religiosa", disse.
Por João Neto - www.guiame.com.br