Guiame em Israel: Antigos pergaminhos do profeta Isaías são descobertos no Mar Morto

Em viagem à Israel, a equipe do Guiame pôde conferir, de perto, as histórias que cercam a descoberta.

Fonte: Guiame, com informações de WikipediaAtualizado: segunda-feira, 14 de setembro de 2015 às 18:29
Pastores Joel Engel e Édino Melo na Estrada 90, em Israel. (Foto: Guiame/ Marcos Corrêa)
Pastores Joel Engel e Édino Melo na Estrada 90, em Israel. (Foto: Guiame/ Marcos Corrêa)

 

Ao final das águas do Rio Jordão, que terminam de encontro ao Mar Morto, cavernas históricas revelam os pergaminhos mais antigos do Velho Testamento, incluindo relatos do profeta Isaías, os Salmos davídicos e as Leis de Moisés. Em viagem à Israel, a equipe do Guiame pôde conferir, de perto, as histórias que cercam a descoberta.

Conhecidos como "Manuscritos do Mar Morto", a coleção de centenas de textos foi encontrada nas cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da década de 1940. A autoria dos pergaminhos é atribuída aos Essênios, que viveram em Qumran do século II a.C. até aproximadamente o ano 70 d.C.

De acordo com o correspondente do Guiame em Israel, Marcos Corrêa, o grupo dos Essênios era formado por homens que viviam voluntariamente no deserto. "Eles formavam um grupo de pessoas que se separou para poder se purificar. Conta a história que João Batista veio a pertencer a esse povo", aponta ele.

Um indício disso é que os Essênios se encaravam como cumpridores de Isaías 40:3, que fala a respeito de uma voz que clama no deserto para tornar reta as veredas de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelo grupo. Outro indício diz que era costume que os nomes de seus membros tivessem o nome de Deus, como exemplo Obadias (ObadiYah), Jeremias (YarmiYah) e João (YahUkhanaan).

Aqueles que entravam no grupo precisavam realizar o ritual do Batismo nas águas e passar por três anos de probatório. "João Batista ficou por dois anos e se retirou. Essa história não é comprovada, mas isso é o que relata os escritos dos Essênios. Eles escreviam absolutamente tudo o que eles faziam, e iam guardando. Até hoje foram descobertos cerca de 15 mil escritos dos Essênios", conta Marcos.
 
O correspondente Marcos Corrêa com um soldado israelense. (Foto: Guiame/ Marcos Corrêa)

Marcos aponta que a primeira das cavernas com jarros cerâmicos contendo os rolos de papiro, foi descoberta de uma forma muito curiosa, em 1947. "Um rapaz estava cuidando de ovelhas naquela região, até que uma delas se perdeu. Ele jogou uma pedra dentro da caverna para conferir se a ovelha estava lá, mas quando a pedra caiu, ele ouviu um barulho diferente, e foi descoberto esse material."
 
Dentre os escritos, foi descoberta uma peça com 7 metros de comprimento, em aramaico, contendo o inteiro livro de Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria dos escritos são constituídos apenas por fragmentos, exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias. Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). 
 
Os Manuscritos do Mar Morto são, de longe, a versão mais antiga da Bíblia, sendo datada mil anos antes do que o texto original da Bíblia Hebraica, usado pelos judeus atualmente. Atualmente, estão os escritos estão guardados no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
 

Rio onde as águas amargas foram purificadas por Deus depois que o profeta Eliseu jogou sal. (Foto: Guiame/ Marcos Corrêa)

De Jericó a Jerusalém

A equipe do Guiame iniciou o roteiro do dia em um dos lugares mais visitados em Israel: o Rio Jordão, onde há um espaço separado para as caravanas que costumam ir até o local fazer os batismos simbólicos. Partindo dali, a caminho de Jericó, o grupo passou pela Estrada 90, que atravessa Israel

Do lado direito da estrada, a equipe observou o Monte Gilgal, onde Davi cortou um pedaço da veste de Saul. Nessa região também aconteceu a Guerra dos Seis Dias, onde o nação de Israel saiu vitoriosa depois do ataque de diversos países árabes.

Chegando em Jericó, cidade que não está sob domínio de Israel, a equipe visitou o sítio arqueológico da cidade tomada nos tempos de Josué, e o rio onde as águas amargas foram purificadas por Deus depois que o profeta Eliseu jogou sal. Próximo desses locais, está o Monte da Tentação.
 

Local onde Zaqueu subiu em uma árvore para ver Jesus. (Foto: Guiame/ Marcos Corrêa)

 

Depois disso, indo em direção ao Mar Morto, a equipe esteve no local onde Zaqueu subiu em uma árvore para ver Jesus — os troncos são realmente grandes. Chegando ao Mar Morto, uma região controlada por Israel através de seu exército, o grupo observou que o nível de água está bastante baixo. Neste local, os banhistas do mar flutuam por conta do alto nível de sal e outros componentes.

O grupo subiu rumo a Jerusalém, e por ser sexta feira, quase não se encontrou carros nas ruas. Marcos conta que, no máximo, até 16 horas as pessoas já estão em suas casas para guardar o shabat. A equipe encerrou suas atividades, e também iniciaram o shabat em Jerusalém.

Ouça os relatos do correspondente Marcos Corrêa:

 
Realização
Operadora de viagens: MontanaTur
 
Empresa de linhas aéreas: Ethiopian Airlines

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