Na última terça-feira (15), o desabamento de um prédio de 7 andares em Fortaleza (CE) abalou os moradores de toda a cidade e ganhou manchetes dos jornais em todo o Brasil. Porém, pastores da capital cearense não ficaram apenas comovidos com a situação, como também resolveram se mobilizar para convocar suas igrejas a darem apoio no resgate das vítimas e às famílias atingidas de alguma forma pela tragédia.
Até o momento, duas mortes foram confirmadas; nove pessoas foram resgatadas com vida e outras nove estão desaparecidas, segundo o comando do Corpo de Bombeiros do Ceará.
Assim que a notícia do desabamento foi publicada, o grupo de pastores começou a se mobilizar rapidamente pelo Whatsapp para de alguma forma agilizar a ajuda no socorro.
Pastores se reuniram na Comunidade Bethfagé para organizar rapidamente a ação de capelania e apoio às famílias e equipes de resgate no local da tragédia. (Foto: Arquivo Pessoal)
O Pr. Paulo Mauricio, da igreja Betesda de Messejana foi o primeiro a chegar ao local e de lá ficou ajudando os voluntários que chegavam a organizarem um local melhor de atendimento às famílias. Outros pastores também se apresentaram para desenvolver o trabalho de capelania espiritual.
Já o Pr. Carlos Alberto cedeu o espaço de sua igreja, a Comunidade Bethfagé, para servir de base para os pastores e voluntários. A missão Jocum Cidade também compareceu com um grupo de voluntários para apoiar no que fosse preciso.
Apesar de haver alguma resistência inicialmente com relação ao suporte religioso, depois houve aceitação e reconhecimento do trabalho. A igreja Universal do Reino de Deus também se fez presente com um número grande de voluntários, servindo água e café às pessoas que estavam trabalhando.
Voluntários da IURD montam mesas com lanches para dar apoio às famílias e equipes de resgate no local do desabamento do Edifício Andréa, em Fortaleza. (Foto: Arquivo Pessoal)
Entre as igrejas representadas por seus líderes nesta mobilização, estiveram a Presbiteriana Aldeota, Bethfagé, Comunidade Zona Sul, Jocum Cidade, Verbo da Vida e Comunidade Esperança.
Os pastores alegam que a relevância do trabalho é justificada pelo apoio que ele presta, não só às famílias das vítimas e aos sobreviventes, mas também às equipes de resgate, que têm se dedicado a um trabalho desgastante de mexer cautelosamente nos escombros.
Segundo um dos pastores que participou da mobilização, essa união das igrejas é de grande importância e um sinal da unidade espiritual entre as lideranças.
"Quando a igreja está unida espiritualmente, o resultado é a manifestação pública do serviço de amor aos carentes", finalizou o Pr Salomão Liberato.
O grupo continuará apoiando o trabalho de socorro às vítimas, tanto espiritual quanto logístico.