Na última segunda-feira (22), o presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Estado do Ceará (ORMECE), Pr. Francisco Paixão Bezerra publicou em seu perfil do Facebook, uma nota oficial da Ordem, repudiando a proposta de ideologia de gênero - em trâmite nas Câmaras Municipais de diversas cidades do Brasil.
No texto assinado pelos pastores Francisco Paixão e Glauco Barreira (assessor jurídico da Ordem), a proposta é apontada pelos ministros evangélicos como nefasta e também como uma estratégia para desagregar a Família.
Confira a nota na íntegra, logo abaixo:
NOTA DE REPÚDIO:
A ideologia de gênero, que aglutina o movimento feminista radical e o ativismo gay, diz que o gênero é o sexo construído culturalmente pelo indivíduo, o qual pode diferir do sexo biológico. Essa ideologia manifesta desprezo tanto pelo conceito de natureza humana como pelo conceito biológico de sexo. Trata o corpo como uma “coisa” exterior, não como parte integrante da pessoa. Os seus seguidores tentam manipular a realidade, criando termos estratégicos (“gênero”, “homofobia”, “patriarcalismo”, “sexismo”) dos quais eles são os gerenciadores do sentido.
O próprio termo “gênero” tem sido recortado de sua origem linguística para ganhar nova significação. A “Nova Gramática da Língua Espanhola” de Carlos G. de Castro, porém, denuncia esse abuso semântico:
“Gênero é uma propriedade dos nomes e dos pronomes, tem caráter inerente e produz efeitos na concordância com os determinantes, adjetivos... e não está relacionado com o sexo biológico. NÓS, AS PESSOAS, NÃO TEMOS GÊNERO, TEMOS SEXO. Por isso, a expressão ‘violência de gênero’ está incorreta porque a violência é cometida pelas pessoas e não pelas palavras”.
A ideia dos defensores do uso do termo “gênero” é que somos nós que construímos livremente a nossa identidade sexual (sexo psicológico). Essa ilusão de autonomia do homem em matéria sexual está em direta oposição à ideia de um Criador e diretamente ligada à divinização do homem. Ela também se complementa pela apologia da manipulação genética e do aborto.
É bom lembrar quer a chamada “igualdade de gênero” não se confunde com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas, antes, significa que os sexos são intercambiáveis. Ela nega a natureza humana ao negar a existência do homem natural e da mulher natural.
A ideologia de gênero tem por objetivo criar uma nova antropologia, remodelando com isso todas as instituições. Por ela, o homem quer se divinizar, colocando-se no lugar de Criador. Isso já foi tentado tanto no Éden como na torre de Babel, com consequências funestas.
Contra a ideologia de gênero, a Bíblia diz: “Sabei que o Senhor é Deus; FOI ELE QUE NOS FEZ, E NÃO NÓS A NÓS MESMOS...” (Salmo 100: 3). Também diz: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1: 27).
Jorge Scala assevera o seguinte sobre a “ideologia de gênero”:
“O ser humano, negada a sua natureza, fica reduzido a uma massa informe à qual deve ser atribuído um sentido. O próximo passo é despedaçá-lo, separando de forma absoluta o corpo da psique.”[1]
O objetivo do movimento de gênero é levar a sociedade a uma sexualidade polimorfamente perversa, o que inclui também práticas aberrantes como o bestialismo (zoofilia). Eis o que diz o movimento:
“Para isso é necessário eliminar a natureza. E isso se consegue eliminando o casamento e a família tradicional. Isso se consegue fazendo lésbicas, homossexuais e bissexuais desde o berço. O sexo é unicamente para o prazer. As relações sexuais devem ser polimorfas e livres. O aborto, livre também. Tudo vale neste novo mundo do gênero...”[2]
“Kate” Bornestein é visto como um herói desse movimento, mas, na verdade, é uma figura trágica: um homem que fez com que lhe amputassem os órgãos genitais e que se veste como mulher para, em seguida, se dizer lésbica. É óbvio que tal pessoa precisa de uma terapia e não de discípulos.
Introduzir ideologia de gênero na escola e na educação é trazer confusão psíquica, crise de identidade, perturbação moral e destruição religiosa para crianças e para os demais educandos. É aumentar o índice de depressão e suicídio. É desagregar o lar e a família. Tudo isso para fazer prevalecer o pensamento de um grupo minoritário que para obter hegemonia cultural não leva em conta os danos que pode causar à sociedade, à família, aos indivíduos e, com particularidade, às crianças.
Por tudo que foi dito, a ORMECE (Ordem de Ministros Evangélicos do Estado do Ceará) manifesta o seu repúdio a qualquer projeto de lei que tenha por objetivo direto ou indireto semear nas mentes e nos corações de crianças, jovens e adultos essa nefasta ideologia.
Pastor Francisco Paixão Bezerra Cordeiro – Presidente
Pastor Glauco Barreira Magalhães Filho – Assessor Jurídico
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