De acordo com o governo nigeriano, mais 11 das 275 jovens que foram sequestradas em Chibok, na Nigéria, foram libertadas. Elas estavam acompanhadas de 21 crianças, conforme a Portas Abertas.
O sequestro, que aconteceu em abril de 2014, por extremistas do Boko Haram, ficou conhecido internacionalmente. O caso aconteceu numa escola secundária para meninas, no vilarejo do estado de Borno. A maioria delas eram cristãs.
Até o momento, 96 das jovens raptadas permanecem desaparecidas. As 11 vítimas que foram resgatadas estão em Maiduguri, recebendo cuidados em uma clínica.
‘Filhos do cativeiro’
O nome das 11 jovens que foram libertadas são: Hauwa, Maryama, Ruth, Kauna, Hanatu, Aisha, Falmata, Asabe, Jinkai, Iyagana e Rejoice. Elas foram encontradas em diferentes datas desde junho.
Todas tiveram filhos no cativeiro. Em entrevista, elas revelaram que algumas eram violentadas diariamente pelos extremistas.
Rejoice, por exemplo, foi obrigada a se casar com um militante e forçada a viver como se fosse uma islâmica. A jovem Kauna estava com três filhos quando foi resgatada. Aisha foi encontrada com um filho de quatro anos e estava grávida novamente.
Todas elas serão tratadas dos traumas vividos, bem como suas famílias. Enquanto isso, o governo nigeriano continua sendo pressionado para negociar a libertação das quase 100 meninas que continuam nas mãos dos terroristas.
‘Queremos recomeçar nossa vida’
Ainda de acordo com a Portas Abertas, todos os resgastes aconteceram no estado de Borno, Nordeste da Nigéria. A maioria delas estava na cidade de Bama.
Em entrevista, as jovens disseram: “Já estamos em contato com nossos pais. Agradecemos ao governo pelas medidas que contribuíram para nossa liberdade. Queremos voltar para casa, para nossa família e para a escola. Queremos recomeçar nossa vida”.
A Nigéria está entre os 10 países onde seguir o cristianismo é um enorme desafio. Ocupando o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição de 2022, a nação tem a sexta maior população cristã do mundo. Mesmo assim, quem se decide por Jesus pode ser até assassinado por causa de sua fé.