Missionária denuncia falsos profetas em Moçambique: "São curandeiros disfarçados"

Noemia Cessito é missionária em Moçambique desde 1984 e alertou contra doutrinas de outras religiões.

Fonte: Guiame, com informações da Junta de Missões MundiaisAtualizado: sexta-feira, 5 de janeiro de 2018 às 13:36
Noemia Cessito disse que há curandeiros disfarçados de profetas que distribuem amuletos satânicos. (Foto: Reprodução).
Noemia Cessito disse que há curandeiros disfarçados de profetas que distribuem amuletos satânicos. (Foto: Reprodução).

Uma veterana missionária está denunciando falsos profetas em Moçambique. A antiga colônia portuguesa, que fica na costa leste da África, têm em seu território um cenário bastante multirreligioso. Lá tanto o islamismo quanto religiões orientais, como o budismo, tem ganhado espaço e força, devido ao grande fluxo de chineses em direção à África.

Noemia Cessito prega o Evangelho em Moçambique desde 1984. A missionária diz que o problema não é só o fato da região ser afetada por tantas religiões, mas de manter os cristãos firmes na fé. Ela diz que há uma grande a necessidade de evangelizar os crentes nominais, ou seja, pessoas que se dizem cristãs, mas que não vivem plenamente o Evangelho e estão amarradas a antigos costumes.

É o que ela tem observado em uma localidade próxima ao Dondo, onde atua. “Visitamos Caia, um distrito que fica a seis horas de onde estamos. Ali funciona nossa missão, que será organizada em igreja em 2018. Um trabalho bonito e, graças a Deus, forte”, diz Noemia.

“Em um momento de oração pelas mulheres, uma delas veio com cordas no pescoço, disse que tinha sonhos ruins e que sabia que tinha feito muitas coisas que não agradavam a Deus e começou a citar algumas, frisando que estava arrependida”, continuou. A missionária e sua equipe questionaram à mulher se ela queria confessar pecados, e assim o fez.

Noemia ainda perguntou sobre uma corda que a mulher carregava presa ao pescoço, pois entendia que aquilo era uma espécie de amuleto. A mulher respondeu afirmando que era apenas um colar. Voltou para seu lugar e veio outra pessoa, que contou estar muito doente e que ia ao hospital, mas não havia cura. Ela também costumava ter pesadelos e não lembrava mais de como era ter paz.

“Perguntamos se tinha alguma coisa em seu corpo. Ela respondeu: ‘O amuleto que o profeta deu’. Profeta é um curandeiro disfarçado. Então, pedimos a ela para confessar Jesus e tirar o amuleto, explicando que aquilo era uma amarra do inimigo na vida. Se a fé dela estava naquela corda, não adiantaria orar. Ela precisava renunciar àquilo para ser livre, senão nunca teria paz”, salientou Noemia.

Nesse momento, a primeira mulher que havia ido sentar foi até a equipe de oração e confessou Jesus. Ela arrancou o amuleto do pescoço. Apesar de seu exemplo, a segunda mulher resistiu, dizendo que morreria se tirasse o amuleto. “Falamos da vida que Jesus oferece aos que creem em seu nome, apresentamos novamente Jesus como Salvador a ela, que disse que o tiraria sozinha e não nos permitiu orar por sua libertação”, pontuou Noemia.

As mulheres ainda tiveram uma programação especial no domingo seguinte, onde elas dançaram e cantaram. Mas aquela mulher preferiu ir embora sem se libertar. “Ela agora sabe da verdade, mas prefere viver na duplicidade. Doeu-nos o coração ver alguém que se diz cristã, que participa nos cultos, estar amarrada ao inimigo. Falamos com líder local da missão e pedimos a ele que fosse ao encontro dela. Fica um alerta para nós, pois com as ocupações do dia a dia, acabamos esquecendo a quem servimos. Mas se você já fez a sua escolha, resolveu seguir a Jesus de perto, a propagar o Evangelho e orar por nós, estamos aqui para que outros, como aquela mulher, sejam livres”, finalizou.

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