De acordo com o Global Christian Relief, os muçulmanos da África Oriental estão experimentando uma nova vida em Cristo através de experiências sobrenaturais. Por conta disso, porém, enfrentam a perseguição.
“Quando uma pessoa deixa o islã e aceita Jesus Cristo como seu salvador pessoal, há muitas pressões. Seu parceiro pode ser levado embora, eles podem perder seus bens, eles serão isolados da comunidade e seus filhos não terão os mesmos direitos que os outros”, disse Arif (nome fictício por razões de segurança).
Arif é um cristão perseguido e destacou o alto preço que os muçulmanos estão pagando para seguir a nova fé em países onde prevalece o islamismo: “O islã é uma religião com raízes profundas e seus seguidores são realmente comprometidos”.
Cristianismo visto como religião ocidental
O cristão explica que o cristianismo é visto como uma religião ocidental que precisa ser silenciada. Logo, existe uma grande dificuldade para evangelizar, mas isso não está impedindo o crescimento da Igreja.
A conversão de muçulmanos, conforme a organização, tem acontecido por meio de intervenção divina. Negash, por exemplo, testemunha que era um muçulmano devoto.
Em suas próprias palavras, era um “extremista”. Ele cresceu estudando o Alcorão e veio de uma família muçulmana rígida. Em sua loja local, alguém deixou uma Bíblia como garantia de pagamento. A princípio, Negash ficou frustrado porque a Bíblia não tinha valor para ele.
‘Sonhei com o homem de branco’
“Depois disso, numa noite, enquanto dormia profundamente, um homem de branco apareceu em sonho e disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’. O sonho foi perturbador e maravilhoso”, compartilhou.
“Eu estava com medo e, ao mesmo tempo, queria vê-lo novamente”, diz Negash ao contar que abriu a Bíblia e encontrou a passagem correspondente em João 14.6 e, no mesmo momento, entregou sua vida a Jesus e abandonou o islã.
“A história da conversão de Negash ilustra lindamente que Jesus é o ‘Bom Pastor’ e que sai em busca de suas ovelhas perdidas. Não importa a profundidade da fé que alguém possa ter em determinada religião ou prática, uma única interação com Cristo é suficiente para mudar até mesmo o curso de vida mais ousado”, disse a organização.
‘Fui espancado e preso’
Tanto Negash quanto Arif confessaram que tinham “nojo dos cristãos” e que os perseguiam e ficavam furiosos quando viam algum amigo abandonar o islã para seguir Jesus.
Arif compartilhou que teve visões de uma ovelha investindo contra ele: “As visões eram tão intensas que me deixaram fisicamente doente”. Foi por meio de um cristão que ele teve acesso a uma Bíblia e também leu João 14. “Encontrei a verdade. Meu coração foi tocado e cativado”, disse.
Mas, ao se decidir por Cristo, Arif passou a ser perseguido: “Fui espancado e preso por quatro meses. Até minha família ficou contra mim e destruiu minha casa”, disse ao revelar que perdeu sua herança e sua esposa foi forçada a se casar com outro muçulmano. Arif ficou sem nada e ainda foi expulso da comunidade onde vivia.
O preço pago por quem abandona o islã para seguir Jesus
E foi por meio das provações que Arif se tornou um evangelista e agora diz que quer ver outros muçulmanos conhecerem a Cristo. Ele disse que quer ser a ajuda que vão precisar quando abandonarem o islã e passarem a ser perseguidos também.
Em muitas regiões onde os muçulmanos se convertem, é o islã que prevalece e onde há radicais e extremistas que travam uma luta violenta contra eles em nome de Alá. Nigéria e Afeganistão são os maiores exemplos, onde cristãos são espancados, torturados e até mortos por causa de sua fé.
O preço pago por um muçulmano que abandona o islã envolve a perda de bens, família, relacionamentos familiares, emprego, herança e até a segurança pessoal.
Mesmo assim, quando Negash pensa nos muçulmanos que o atacaram e ameaçaram sua vida, ele disse que não fica ressentido ou zangado, em vez disso, ele chora e clama por eles: “Não podemos dizer ao cego: Por que você não vê?”, ele concluiu.