“Eu não chamo mais vocês de servos, mas chamo vocês de amigos”. Essa declaração de Jesus mostra que Deus não quer apenas uma relação religiosa com o homem, mas sim estabelecer uma aliança.
“Deus é um Deus de aliança”, esclareceu o pastor Joel Engel em culto na terça-feira (8). “Deus ama alianças e se move através delas, e Deus odeia quando as alianças são quebradas.”
Embora o casamento ou acordos militares sejam exemplos frequentemente usados para ilustrar uma aliança, o pastor Joel Engel chamou a atenção para uma aliança mencionada por Jesus em João 15:15: a amizade.
“Na cultura bíblica, a palavra amizade é bem diferente do que conhecemos hoje. Na nossa cultura, você conhece uma pessoa em um café e passa a apresentá-la como amigo. Não é assim na Bíblia. Jesus caminhou com seus apóstolos por muito tempo para chamá-los de amigos. Jesus disse ainda mais: ‘Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos (João 15:13).”
Engel lembra que entendeu o valor da amizade e da aliança com Deus em um lugar inusitado: em uma favela no Rio Grande do Sul, com um homem que estava prestes a ser condenado.
“Comecei a pregar em uma favela onde não entrava nem mesmo a polícia. Eu perguntei quem era o homem mais violento, quem era o chefe da favela, e me apontaram o Tonho. Cheguei a ir ao presídio pregar a ele”, relata o pastor.
“Na favela eu conheci seus amigos. Eu não era pastor nem nada, mas conquistei a amizade dele. Um dia vi que todos estavam tristes e perguntei o que houve. Eles disseram: ‘Amanhã o Tonho vai ser julgado’. Eu perguntei: ‘Quem de vocês vai estar lá com ele?’ Eles disseram: ‘Não podemos ir, pois todos somos procurados pela polícia’. Mas eu ensinei a eles que isso não era amizade.”
Engel aproveitou a ausência dos amigos no tribunal para ministrar Tonho: “Jesus briga por você, vai preso por você, dá a vida por você. Mas é preciso fazer uma aliança com Ele.”
Deus age nas alianças
Ao chegar no fórum para acompanhar Tonho no julgamento, Engel conta que teve sua primeira experiência com um anjo. “Aquele anjo me deixou invisível na frente do fórum e, quando eu saí de lá, ninguém me conheceu”, lembra.
“Eu cheguei no fórum e disse: ‘Tonho, em 30 minutos nós estaremos saindo por aquela porta e você será absolvido’. Ele disse: ‘Como? Eu sou um réu confesso’. Eu disse: ‘Jesus está aqui e será seu advogado hoje’. Cerca de 29 minutos depois, saímos pela porta. Tudo isso aconteceu porque o Tonho verdadeiramente aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador”, contou.
O pastor disse que foi nesse momento que ele entendeu por que Jesus foi procurar discípulos na Galileia. “Jesus escolhe o que as pessoas que o mundo considera como as piores, mas Ele vê o coração que ninguém vê”, afirma.
Tonho logo passou a apresentar Joel Engel a seus amigos como seu pastor. “Foi assim que eu comecei meu ministério, garimpando vidas em lugares considerados os menos valiosos”, lembra ele.
Trazendo essa história como lição para os dias de hoje, o pastor Joel Engel destaca: “Jesus está procurando pessoas para chamar de amigos. Ele procura pessoas dispostas a fazer uma aliança”.
Por fim, o pastor reforça: “Não é só acreditar em Deus ou orar na hora do perigo. As promessas de Deus são para aqueles que têm aliança”.
Veja a pregação completa:
PARTE 1
PARTE 2