Um cristão chinês escreveu uma carta criticando o governo da China por suas rígidas restrições aplicadas nas comunidades religiosas. Ele afirma que sua igreja não tem medo de uma operação contra o cristianismo.
Zhang Tan é um membro da igreja Huoshi em Guiyang, província de Guizhou, que tem sido alvo por parte das autoridades chinesas. Foral dadas multas pesadas para a congregação e todos os encontros foram proibidos, além disso os líderes da igreja foram detidos.
Zhang foi anteriormente o diretor responsável do cristianismo em Guizhou de Assuntos Religiosos. Ele é um erudito religioso de longo prazo. Ele condenou a decisão de fechar sua igreja, observando que para encerrar todas as igrejas domésticas na China significaria fechar os locais de culto para "cinco ou seis milhões de pessoas”.
A proteção de liberdade religiosa é bastante limitada para os que adoram dentro de organismos religiosos sancionados pelo Estado na China. A igreja de Zhang se recusou a juntar-se as Três Autonomias do Movimento Patriótico (TSPM), no entanto, porque "acreditamos que o Comitê Movimento da Tríplice Autonomia patriótica é uma organização política e cometeu muitos erros durante os movimentos políticos do passado, e não tomam a iniciativa de admitir", escreveu ele em sua carta.
Atividades
Zhang observou que os membros de sua igreja têm adotado crianças com deficiência que tinham sido abandonadas por seus pais biológicos. "Ao longo dos anos, o projeto adotou mais de 1.600 crianças abandonadas, ajudou a criar mais de 1.600 famílias e também salvou a vida de mais de 1.600 órfãos", disse ele.
A igreja também realiza o "Home of Love” (Casa do Amor), onde as crianças órfãs recebem amor e carinho, bem como ter as suas necessidades práticas, além de um jardim de infância para crianças com autismo. Ele citou um testemunho dado por um homem envolvido na China que estava envolvido com o movimento pela democracia no final do século 20: "Através de uma igreja verdadeira e viva, Deus está dando a comunidade chinesa um novo desejo de reconstruir um coração perdido há muito tempo", pontuou.
"Por que foi esta igreja, que forneceu energia positiva para a comunidade, é proibido pelas autoridades?", indaga Zhang.
O Partido Comunista acredita estar se tornando cada vez mais desconfiado da influência do cristianismo, que por sua vez vem crescendo de modo significativo no país. Até 1.700 igrejas foram demolidas ou tinham suas cruzes removidas somente em Zhejiang. Além disso, um número significativo de pastores e advogados de direitos humanos foram detidos e presos.