Nos tempos de colégio, o filipino Charlie Forman conta que era budista e que gostava muito de cantar e ouvir músicas. Em sua juventude, costumava usar drogas, principalmente LSD.
Por viver “chapado ou bêbado todos os dias”, como ele lembra, decidiu entrar para a Força Aérea na tentativa de se redimir e ter uma vida melhor. “Mas isso não funcionou”, ele disse conforme o God Reports.
Em certa ocasião, ele e outros oficiais estavam numa festa. “Eu tive problemas naquele dia, pois havia drogas em meu carro”, revelou ao contar que não se apresentou à Ação Social da Força Aérea para continuar sua reabilitação.
Charlie deveria ir até os Estados Unidos para a Base Aérea de Nellis, mas ele não queria ser visto como um drogado.
‘Eu estava ouvindo Pink Floyd’
Na tentativa de melhorar de vida sem a ajuda de profissionais, Charlie disse que “trabalhou duro para evitar álcool e drogas”, mas a vida ficou chata e sem propósito, já que as drogas eram seu vício e motivação, conforme explicou.
Sua mãe morreu de câncer quando ele tinha apenas sete anos e, desde então, ele enfatizava a “necessidade de buscar o sentido da vida”. Nessa busca, ele garante que o cristianismo era sua última opção.
Em busca de meditação e caminhos esotéricos, Charlie lembra quando um amigo do quartel começou a falar de Jesus: “Eu estava ouvindo Pink Floyd e não estava nenhum pouco interessado, mas ele pediu para abaixar o volume”.
“Ele era um cara legal, então eu desliguei o som e ouvi. Como ele passou por experiências iguais às minhas, eu me engajei na conversa e acabei aceitando Jesus”, disse.
‘Me apaixonei por Jesus’
Charlie descreve o momento em que entregou sua vida a Cristo como “incrível” e disse que sentiu alegria e paz: “Imediatamente fui liberto das drogas. Considerando que eu já havia tentado parar e tive recaídas, naquele momento me senti completamente liberto”.
“Eu não tinha mais interesse em drogas, eu estava apaixonado por Jesus”, continuou ao dizer que passou a ler a Bíblia com muito interesse. Depois de um tempo se casou com a namorada filipina e a levou para os EUA.
A esposa, porém, sentia ciúme dele: “Ela não deixava de lado a ideia de eu não deveria ser ‘fanático por Deus’ e tinha um ciúme insano”, disse ao contar que a mulher o traiu e depois optou pelo divórcio.
‘Deus usa o improvável para fazer o extraordinário’
Sozinho novamente, Charlie passou a sentir que estava sendo chamado para pastorear. Em Stockton, na Califórnia, ele lembrou de uma profecia que recebeu em seu país, quando frequentava a Igreja do Farol.
“Eles tiveram uma visão para a plantação de igrejas”, disse. Charlie se casou pela segunda vez e se tornou pastor de uma igreja em Little Rock, na Califórnia.
Em 2001 o casal viajou para França com um grupo da igreja, o Christian Fellowship Ministries — um movimento de plantação de igrejas. Eles plantaram duas igrejas por lá e também nas Filipinas, África Ocidental, México e África do Sul. Mais tarde, evangelizaram na Holanda e Inglaterra e depois abriram igrejas na Rússia, no Bloco Oriental e até na China.
“Mas a França (na época) era o equivalente à Janela 10-40 da Europa, um solo super duro. Uma nação secularizada onde o ateísmo foi promovido massivamente desde a Revolução Francesa”, destacou.
Ao compartilhar seu testemunho e seu envolvimento na obra de Deus desde que se converteu, Charlie mostrou que Deus usa, muitas vezes, o improvável para fazer coisas extraordinárias. Ele continua casado com sua segunda esposa, tem quatro filhos e atua na Igreja como evangelista.
Charlie Forman e sua esposa. (Foto: Reprodução God Reports)