Uma pesquisa recente mostrou que pais ausentes e casamentos em crise são as principais causas do declínio do cristianismo nos Estados Unidos.
O “Estudo Nacional sobre Fé e Relacionamentos”, divulgado pela organização de consultoria religiosa Communio, revelou que o declínio da família está ligado ao declínio da fé cristã.
JP DeGance, pesquisador do estudo, afirmou que o grande número de jovens deixando a igreja não acontece por falta de investimento do ministério.
"Nunca gastamos tanto dinheiro na história da igreja para transmitir nossa fé aos nossos jovens, mas eles estão saindo cada vez mais", observou DeGance.
"A razão para o declínio da fé é desvendada no estudo; a ausência de um lar com casamento onde o pai está envolvido calorosamente na vida de seu filho é a razão pela qual cada vez menos pessoas têm fé".
Influência na vida espiritual dos filhos
Segundo o pesquisador, o casamento dos pais influencia na vida espiritual dos filhos e em como eles enxergam Deus.
“Ao longo do Antigo Testamento e do Novo Testamento, o amor de Deus é dito de forma conjugal com frequência, que Deus está perseguindo a Igreja como uma noiva. E quando Jesus vier no final dos tempos, Ele estará procurando por sua noiva", comentou.
E explicou: "Acho que não deveria nos surpreender que, quando o análogo humano do casamento e da família se desfaz, é muito mais difícil para um jovem entender que existe um Pai Celestial, que tanto o amou que enviou seu único Filho para morrer por [ele]. Isso se torna difícil quando alguém nunca foi capaz de se relacionar com um pai de maneira saudável, se talvez odeie seu pai ou tenha um relacionamento difícil com ele”.
A pesquisa nacional confirmou que “crianças que cresceram em lares com pais casados têm uma probabilidade maior de frequentar a igreja regularmente quando adultos”.
O estudo ainda apontou que a maioria dos cristãos que frequentam a igreja nos EUA, 80%, cresceram em lares onde os pais biológicos foram casados durante sua criação.
Restauração da família
Para JP DeGance, avalia que sem a restauração da família e do casamento, o aumento de fiéis deixando a igreja continuará.
A maioria dos jovens ainda deseja se casar, mas não tem capacidade para construir um matrimônio, conforme o pesquisador.
"Eu vejo isso como uma grande oportunidade para o avanço do Evangelho, para que as igrejas possam se tornar escolas de amor. Elas podem realmente ajudar a formar pessoas para formar namoros saudáveis que podem realmente levar ao casamento. E ajudar os cristãos a terem um casamento próspero e saudável centrado em Cristo", disse ele.
DeGance ressaltou que se a Igreja responder à atual crise da família, poderá testemunhar um grande avivamento no futuro.
"Como pais cristãos e como pastores, também precisamos assumir uma parte da responsabilidade de nos perguntar: estamos desencorajando o casamento? Estamos desencorajando nossos jovens das ideias que levariam a um casamento saudável?", concluiu.