No title A cortada de 197 km/h na bola de vôlei desferida por Pampa no Mundial do Japão em 1995 permanece como recorde mundial na atualidade. O jogador deixou as quadras em 2001 para se dedicar ao esporte, mas nos bastidores. Inicialmente, Pampa trabalhou no Ministério dos Esportes por dois anos, depois desenvolveu projetos em sua empresa, a Pampa Sports, e em 2007 assumiu o desafio de desenvolver 30 modalidades esportivas na Secretaria Municipal de Esportes de Suzano, município de São Paulo.
O jeitão idealista do jovem de 18 anos que trocou Recife, Pernambuco, por Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 1985, para jogar voleibol permanece no profissional responsável por projetos, por carreiras de atletas e tentará imprimir seus conceitos de vida na política ao se candidatar deputado federal pelo Partido Verde. Pampa assumiu um outro compromisso ao se converter à religião evangélica em 2002. "Tem que dar o testemunho, porque as pessoas têm que entender como as coisas acontecem na vida da gente", define Pampa.
Entre os títulos do ex-jogador está a medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona em 1992. Pampa integrou a Seleção Brasileira de 1985 a 1993, período de conquistas internacionais como o tri-campeonato Sul-americano, um vice Pan-americano, o título do Top Four no Japão em 92 e a Liga Mundial em 1993. Em 2002, Pampa lançou o livro "Um por todos e todos por um" em que descreve a trajetória vencedora nas Olimpíadas de Barcelona em 1992.
Como recentemente estava na ativa, Pampa explica que no vôlei de alta performance o que faz diferença é o material humano. Ele comenta que em sua época de seleção, os treinos eram muito mais puxados, com cerca de oito horas diárias e em dois períodos. O ex-jogador comenta que, hoje, se treina menos e com foco em situações específicas.
Por Ricardo Santana