Bobbie Houston é um dos nomes mais conhecidos no mundo cristão — ao lado de seu marido, Brian Houston, ela fundou há 30 anos a Hillsong Church, na Austrália.
Desde sua fundação, a Hillsong tem se expandido pelo mundo e hoje atua nas grandes metrópoles, incluindo São Paulo. Para Bobbie, o triunfo de sua igreja se baseia no desejo que ela e seu marido carregam de seguir o caminho que Deus colocou diante deles.
“Ao longo do caminho algo que tem sido inegociável é a verdade bíblica e sabedoria de Deus”, disse ela ao site Faithwire.
Bobbie também acredita que cada pessoa pode se encaixar em um papel de liderança. Como pastora sênior da denominação, ela tem viajado pelo mundo incentivando as mulheres através de sermões e conferências.
O papel das mulheres na liderança da igreja tem sido debatido por milênios, mas Bobbie acredita fortemente que as mulheres são capacitadas para servir nesta função. “Se voltarmos às origens, podemos ver que no início Deus nos criou como macho e fêmea, Ele falou de homens e mulheres juntos”, disse ela.
“Eu acho que ao longo da história, ao longo da cultura, ao longo das barreiras do tempo, a verdade sobre a real intenção de Deus foi distorcida. Às vezes, isso vem de complexidades culturais e, às vezes, isso vem de complexidades religiosas”, Bobbie continuou. “O ponto é que quando Cristo veio, Ele fez uma intervenção incrível pela humanidade. Ele realmente veio para resgatar a vida, como pretendia o Pai. Em nossa experiência como igreja, ter mulheres na liderança nunca foi um problema”.
Uma recente pesquisa realizada pelo Barna Group nos Estados Unidos constatou que evangélicos são os que menos aceitam mulheres na liderança da igreja, em comparação com denominações protestantes e católicas.
Apenas 39% dos evangélicos aprovam mulheres atuando líderes da igreja, em comparação com 74% dos protestantes e 80% dos católicos — embora o sacerdócio da Igreja Romana seja composto exclusivamente por homens.
Abrangendo para a opinião geral, 79% dos americanos apoiam ver mulheres atuando como pastoras. Essa aceitação é maior entre o público feminino (84%) do que masculino (75%).
Segundo a editora chefe do Barna Group, Roxanne Stone, reconhece que a liderança feminina na igreja ainda é uma questão complicada para muitos evangélicos. “Essa relutância é, muitas vezes, ligada a uma leitura bíblica que insiste que os homens devem ocupar posições de liderança dentro da família, igreja e na sociedade”.