Qual é a imagem que você tem de si mesmo? Como você se vê diante de Deus? Com essas perguntas, o pastor Joel Engel falou na última terça-feira (25) sobre a identidade e o propósito dos filhos de Deus.
Com base na parábola do Filho Pródigo — que após pedir sua parte da herança, se arrependeu e voltou para casa — o pastor lembra que “Deus ama o perdido de forma tão intensa quanto ama aqueles que estão salvos”.
Na história do Filho Pródigo, Engel explica que o filho mais velho representa a figura do religioso, que muitas vezes “não compreende o coração do Pai”. Já o filho pródigo representa aquele que crê em Deus, “mas usa sua fé para adquirir, e não para se relacionar”.
“Quanto mais longe você está do seu Pai, mais perto você está do chiqueiro dos porcos. Quanto mais longe de Deus, mais perto você está do inimigo”, alertou Engel em culto transmitido ao vivo.
Essa tem sido a realidade de muitos durante a pandemia, quando as igrejas tiveram que fechar suas portas. E Engel reconhece que é muito difícil a volta para casa quando alguém se desvia — porque essa pessoa perde sua identidade.
Foi o que aconteceu com o filho pródigo, que disse ao pai: “Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados” (Lucas 15:19).
“Essa era a imagem que ele tinha dele mesmo: eu não sou filho, sou um escravo. Aquele moço estava longe de conhecer o caráter do seu pai. Nós estamos muitas vezes no lugar desse rapaz.
Deus quer relacionamento
O que pode levar uma pessoa a se sentir assim? Segundo Engel, isso acontece porque “quando uma pessoa perde sua identidade, também perde a referência de pai”.
“Deus quer que você O conheça como pai, não apenas como milagreiro ou provedor. Ele quer relacionamento com você”, diz o pastor. “O Pai do céu nunca desiste de seus filhos. Aquele filho deixou de ser filho, mas o pai não deixou de ser pai”.
A Bíblia relata que, quando o filho pródigo voltou para casa, o pai colocou um anel em seu dedo (Lucas 15:22). Engel explica que esse ato tem significados profundos.
“O anel representa uma identificação; isso mostra que é uma aliança, um pertencimento.
Também representa a transferência de autoridade — quando o filho recebe o anel, pode falar em nome do pai”, explica. “Os documentos naquela época eram assinados com o anel; também representa um acesso do filho a tudo o que é do pai.”
Engel lembra que Deus predestinou cada um de seus filhos para serem conforme a imagem de Jesus, assim como diz Romanos 8:28-29.
“Existe algo dentro de nós que é divino. Essa casca, que nós chamamos de corpo, é como se fosse uma caixa onde Deus coloca tudo o que Ele espera que você seja. Deus tem um propósito para você e coloca tudo o que é necessário para você desempenhar e cumprir esse propósito”, afirma.
Para aqueles que ainda não se sentem dignos de viverem seu propósito, o pastor deixa um lembrete: “Assim como pai do filho pródigo, Deus olha para seus filhos e não vê a hora de vê-los voltando para casa. Podem voltar maltrapilhos, mas Ele abraça. Esse é o nosso Deus.”
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