Todos os anos, o Departamento de Estado dos EUA publica sua lista de Países de Preocupação Particular ou CPCs (Countries of Particular Concern, em inglês). A Rússia foi incluída após pesquisas e estudos realizados.
Os países que fazem parte dessa lista praticam ou toleram violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade religiosa. No caso da Rússia, faz anos que o governo trabalha visando excluir as religiões “não tradicionais”.
Os tribunais russos continuam a proferir sentenças de prisão severas e numerosas. Mesmo depois de cumprir penas, os “condenados religiosos” continuam sofrendo perseguição, tendo suas finanças congeladas ou restringidas. Além disso, seu direito particular de participar de atividades religiosas ainda é proibido.
Fé secreta
Os cristãos nativos ex-mulçumanos são os que mais sentem o peso da perseguição tanto nas mãos da família e amigos quanto da comunidade local.
Famílias muçulmanas, amigos e aldeões exercem pressão especialmente sobre os convertidos nas regiões muçulmanas, enquanto o governo impõe restrições às atividades da igreja.
Em algumas áreas, os religiosos precisam manter a fé em segredo por medo de serem executados.
Proibição no exercício da fé
A aprovação da legislação antiterrorismo na Rússia, em julho de 2016, resultou em uma proibição total das Testemunhas de Jeová no início de 2017.
As restrições impostas por essa legislação estão afetando cada vez mais os cristãos que não são da Igreja Ortodoxa Russa.
Quaisquer conexões que os cristãos na Rússia tenham com igrejas e organizações no exterior estão sob vigilância e limitações crescentes. As igrejas não registradas ativas no evangelismo podem enfrentar dificuldades e interrogatório pelas autoridades locais.
A Rússia ocupa o 58º na Lista dos Países em Observação 2021 da Portas Abertas. De acordo com um pesquisador, a decisão do Departamento de Estado dos EUA de designar a Rússia como um país onde ocorrem violações sistemáticas e flagrantes da liberdade religiosa é surpreendente.