Ele estava entre os 30 cristãos etíopes mortos, decapitados por militantes do Estado Islâmico, na Líbia. Jamal Rahman, um migrante, não foi poupado mesmo pertencendo a uma família muçulmana. Isso porque ele se ofereceu como refém para não deixar seu amigo cristão morrer sozinho. A história foi divulgada pelo jornalista Giorgio Bernardelli no site MissionLine.
Existem duas explicações diferentes para o acontecimento: uma delas foi relatada por um jornal online da Somália, afirmando que supostamente ele se converteu ao cristianismo durante a estrada. Outra explicação, considerada “muito mais plausível”, afirma que Jamal, que estava entre os jihadistas muçulmanos, se ofereceu voluntariamente como refém por solidariedade a um amigo cristão. Bernardelli supõe que ele estivesse acreditando que a presença de um muçulmano no grupo que estava destinado à morte pudesse salvar a vida de outros homens. "Este não foi o caso: Jamal foi assassinado ao lado dos cristãos, como um apóstata", contou Bernardelli.
A escolha de Jamaal Rahman lembra a história de Mahmoud Al 'Asali, o professor universitário muçulmano que, no ano passado se levantou publicamente contra a perseguição aos cristãos, em Mosul. Ele também pagou por este gesto com a vida.