De acordo com a reflexão do líder cristão e escritor americano, Joel Richardson, o governo opressivo islâmico do Talibã está preparando um “solo maduro” para o crescimento da Igreja no Afeganistão.
Para ele, toda violência e perseguição funciona como “sementes de renascimento”. Enquanto muitos estão enxergando apenas a escuridão do Islã, aqueles que têm olhos espirituais estão vendo a situação à luz do Evangelho.
“Como Jó disse: 'Quando um homem está jogado no chão, ele estende sua mão para Deus', então é no meio do desespero que as almas estão sedentas, e por isso é um momento de oportunidade”, disse o líder da Global Catalytic Ministries (GCM), em entrevista à CBN News.
A Igreja cresce em países onde há perseguição intensa
Segundo Richardson, o Irã tem a Igreja que mais cresce no mundo. “Sete anos após os ataques do Estado Islâmico, vimos um renascimento no norte da Síria. O estabelecimento do governo islâmico proporcionou um solo maduro para que isso ocorresse”, explicou.
O autor de vários títulos que tratam do fim dos tempos, tais como “O anticristo islâmico”, “A besta vem do Oriente Médio” e “Mistério Babilônia”, acredita que a Igreja no Afeganistão está determinada a prevalecer em solo afegão.
Combatentes do Talibã patrulham o bairro de Wazir Akbar Khan, em Cabul, capital do Afeganistão, em 18 de agosto de 2021. (Foto: Rahmat Gul/AP)
“Eles ainda estão se reunindo ativamente e estudando as Escrituras juntos. Temos um relatório de um de nossos líderes que conta que os cristãos afegãos compartilharam o Evangelho com membros do Talibã que foram à sua aldeia. Agora eles estão realmente engajados nos estudos bíblicos e na oração”, revelou.
De acordo com Richardson, as manchetes apontam falsamente que a Igreja clandestina foi martirizada, além de destacar apenas as ações heróicas. “A verdade é que os cristãos no Afeganistão são apenas pessoas reais que optaram por viver sua fé cristã”, ponderou.
Encontrando força na fraqueza
“Eles dizem que estão com medo. Muitos deles estão em desespero, mas é nessa fraqueza que eles estão avançando e encontrando sentido em tudo isso”, citou.
Um cristão afegão relatou recentemente ao GCM que “agora há dor e alegria. Deus não foi embora. Não há necessidade de temer o que o Talibã está fazendo. Coisas ruins podem acontecer conosco, mas Deus fará algo para glorificar o seu nome”.
Richardson teme que isso possa ser a calmaria antes da tempestade, mas ele diz que os cristãos lá se submeteram à vontade de Deus, aconteça o que acontecer.
“Eles entregaram seu futuro e seu destino, à vontade de Deus, sabendo que isso pode resultar em martírio. Eles entendem tudo isso muito claramente, e estão avançando de qualquer maneira”, compartilhou.
“O nosso pedido de oração agora é por proteção divina. Um cristão recentemente referiu-se a Lucas 4.29-30, quando expulsaram Jesus da cidade e ameaçaram jogá-lo de um precipício, mas Jesus passou por eles e seguiu seu caminho”, lembrou.
“Melhor do que estar escondido daqueles que procuram fazer-lhes mal, é continuar a sair e a fazer discípulos entre os homens. Esse é o desejo da Igreja afegã”, concluiu.